Rio Verde defende o meio ambiente
Segundo os ambientalistas, quem mais sofre com o crescimento desenfreado das atividades agropecuárias no município de Rio Verde, no sudoeste do estado de Goiás, é o meio ambiente. “Sem uma política voltada para a preservação do cerrado, as matas ciliares estão desaparecendo e as áreas de reserva legal estão cada vez mais escassas”, diz o professor e doutor em sociologia rural Alécio Rodrigues, que integra o quadro de docentes do curso de gestão ambiental, implantado este ano no Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde (Cefet-RV).
O curso de gestão ambiental chega a Rio Verde com o objetivo de formar profissionais para atuar em favor do meio ambiente. “Eles serão responsáveis pela elaboração de ações que irão favorecer a conservação e a preservação do cerrado”, conclui o coordenador do curso Juarez Martins.
O município é um dos maiores produtores de grãos do país, com destaque para a produção de soja, milho e sorgo, um cereal também conhecido como milho da Guiné. A pecuária é também outra atividade econômica em franco desenvolvimento na região. O cerrado é um dos ecossistemas mais ricos do mundo em biodiversidade, mas segundo estudos feitos pelos coordenadores do curso de gestão ambiental, tende a desaparecer em pouco mais de 20 anos. “São três milhões de hectares destruídos anualmente, o que significa o desaparecimento de quase três campos de futebol por minuto”, afirma Alécio.
Durante visita a uma área devastada pela retirada de cascalho, a cinco quilômetros de Rio Verde, o doutor em solos Watson Rogério de Azevedo, conclui que a região necessita urgentemente de profissionais para atuar em defesa do meio ambiente. “Aqui é um retrato do que está acontecendo em vários pontos do município. É uma área que deveria estar protegida pelas leis ambientais, no entanto está completamente degradada, com poucas chances de recuperação”, denuncia.
Assessoria de Imprensa do Cefet-RV