Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Todas as notícias > Opiniões sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação
Início do conteúdo da página
Outras

Opiniões sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação

  • Quinta-feira, 15 de março de 2007, 14h58

Marcelo Soares (professor da Universidade Federal de Uberlândia-MG) — “O plano expressa uma visão global e orgânica da educação a partir da educação básica.” Sobre a formação do professor, ele defendeu que o MEC estruture um sistema nacional envolvendo as universidades públicas e a Universidade Aberta para que o professor tenha uma base sólida e não continue sendo apenas “um dador de aula”. Na definição da jornada de trabalho do professor, explicou, deve ser previsto tempo para estudo, atualização e capacitação, não apenas horário na sala de aula.

Thiago Oliveira (União Brasileira de Estudantes Secundaristas) — “Vejo o governo comprometido em melhorar a educação, porque a juventude hoje não gosta da escola.” Para combater a evasão escolar e a repetência, que são problemas cruciais, disse, o jovem precisa ser recebido num ambiente prazeroso onde ele também possa participar. Hoje, explicou, o aluno só participa das avaliações fazendo provas, mas ele também gostaria de participar avaliando a escola e seus espaços, os educadores, os diretores. “Vai mudar quando a escola aceitar o olhar do estudante”.

Cláudia Werneck (ONG Escola da Gente – educação inclusiva) — “É um plano ousado.” Mas quando trata da educação inclusiva, disse, o governo subestima seu próprio avanço demonstrado nos últimos quatro anos com distribuição de livros em braille, por exemplo.

Maria Auxiliadora Seabra Rezende (presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação) — “O desafio colocado pelo MEC de criar um sistema de educação sinaliza que devemos fazer um pacto que concretize a integração das ações da União, estados e municípios.” “Um dos pontos que vai demandar nossa energia será a educação no campo que hoje está completamente desarticulada”, afirmou.

João Batista dos Mares Guia (diretor do Pitágoras) — Na abordagem que faz sobre a alfabetização de jovens e adultos, segundo ele, o MEC acerta na plenitude. “Agora tem estratégia, os professores estão na base e são eles os que vão educar. A meta de sete anos é exeqüível e me animou muito”. Sugeriu que 90% das vagas dos Cefets sejam destinadas ao sistema de cotas para dar um choque de eqüidade no acesso dos pobres ao ensino público de qualidade. E para melhorar o desempenho dos alunos no ensino fundamental e médio propôs duas ações na escola: a cada avaliação bimestral, que o professor faça uma oficina para melhorar o desempenho daqueles que tiveram conceitos críticos; e o envolvimento do diretor da escola com as atividades pedagógicas. “Diretor não é síndico do prédio, é o motivador da educação”.

Juçara Dutra (presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação – CNTE) — “O importante aqui é a criação do regime de colaboração entre União, estados e municípios, porque pensar a educação na base do projeto já experimentamos e vimos que não funciona.” Ele destacou a necessidade de políticas contínuas e fez um elogio: “Essa gestão do MEC não ignorou que o mundo (da educação) existia antes”. Defendeu a formação do professor ambientada na universidade, uma formação antropológica, capaz de prepará-lo para enfrentar os desafios de hoje. “Precisamos de formação efetiva, não só titulação”.

Acácia Kunzer (professora da Universidade Federal do Paraná, doutora em educação) — “Dois destaques são importantes nas medidas: o esforço de integração de políticas e programas e a atenção à educação básica.” Sugeriu que o MEC coloque as propostas em discussão em meio eletrônico como forma de ampliar a participação de educadores e cidadãos do país todo.

Ionice Lorenzoni

Leia mais sobre o Plano de Desenvolvimento da Educação

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
X
Fim do conteúdo da página