Educação de jovens e adultos em Cuiabá
O Centro Federal de Educação Tecnológica de Cuiabá (Cefet-Cuiabá) iniciou o curso técnico em agropecuária integrado ao ensino médio para jovens e adultos. O curso é no âmbito do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).
São 70 vagas em duas modalidades: 35 vagas para o curso presencial com aulas diariamente no período vespertino e 35 vagas na modalidade semipresencial em que o aluno estuda em período integral por duas semanas, volta para sua residência por três semanas e, após este período, retorna à escola para mais uma etapa.
“A aula inaugural ocorreu no dia 7 de agosto e percebemos o entusiasmo dos alunos em poder voltar aos bancos escolares após anos e até décadas”, conta o diretor-geral do Cefet-Cuiabá, Ademir José Conte. Segundo ele, na sua maioria, os alunos são pequenos produtores rurais residentes em assentamentos próximos ao Cefet.
“Para a nossa escola será um desafio, pois é uma modalidade nova de ensino. A diferença de idade e o tempo fora da escola deverão ser os maiores desafios da equipe de professores e coordenadores do curso”, explica o diretor. Segundo Ademir, matricularam-se no curso alunos com faixa etária entre 18 e 54 anos e alguns há quase 40 anos sem estudar. “Mas se depender do entusiasmo dos alunos, dos professores e da coordenação, não haverá obstáculos que não possam ser transpostos”, garante Conte.
O curso realizado no âmbito do Proeja, programa executado pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), terá duração de três anos e ao término conferirá aos concluintes o certificado de ensino médio e o diploma de técnico em agropecuária. “Com a implantação do curso, o Cefet buscar atender, principalmente, assentados da reforma agrária e do seu entorno, que totalizam cinco assentamentos com mais de 600 famílias”, ressalta o diretor.
Proeja — Criado em 2005, o Proeja visa atender trabalhadores acima de 18 anos, com trajetórias escolares interrompidas ou descontinuadas, sem o ensino médio e até aqueles sem a formação profissional formal.
Sophia Gebrim com informações do Cefet-Cuiabá