Parceria com a Petrobras muda a vida de jovens potiguares
Formado em eletromecânica pelo antigo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Rio Grande do Norte, Eliézio Vidal, 26 anos, trabalha como fiscal de uma multinacional norte-americana da área do petróleo. Tem um bom salário, casa própria e carro. Um grande salto na vida de um filho de agricultores, que tinha de percorrer a pé ou em lombo de burro o trajeto de mais de oito quilômetros até a escola.
Histórias como a de Eliézio são cada vez mais comuns entre os jovens de Mossoró, município com aproximadamente 250 mil habitantes, segundo maior produtor de petróleo do Brasil — o primeiro em terra. Em julho do ano passado, convênio firmado entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte e a Petrobras mudou radicalmente as perspectivas de trabalho para os jovens à procura de capacitação profissional.
Com o convênio, foram ampliadas as atividades práticas oferecidas pelos cursos do instituto. O marco foi a instalação de uma minissonda de petróleo no campus de Mossoró, a primeira em uma escola, no Brasil. Graças a essa iniciativa, o treinamento, que ocorreria apenas nas empresas, quando da contratação do trabalhador, já faz parte do curso. Ou seja, o estudante termina a formação pronto para trabalhar.
Em outubro de 2008, o instituto aderiu ao Programa de Mobilização das Indústrias de Petróleo (Prominp), que transformou o campus em um centro de excelência na formação de trabalhadores especializados. O curso de operador de sonda de perfuração é, hoje, referência nacional e recebe estudantes de todas as regiões do país. A seleção é feita por concurso. Os aprovados recebem material didático e uniforme. Além da gratuidade, o convênio oferece bolsas de estudos (de R$ 300 a R$ 600) àqueles que comprovem carência financeira.
Turmas — Este mês, quatro novas turmas foram abertas. “São mais 60 jovens que passam a fazer parte das estatísticas oficiais como brasileiros que tiveram acesso à educação pública de qualidade”, diz o diretor-geral do campus, Clóvis Araújo.
Para o reitor do instituto, Belchior de Oliveira Costa, esse tipo de parceria evidencia que a integração entre escola e empresa é uma das chaves para estimular o desenvolvimento. “Nossa instituição completa cem anos e está preparada para enfrentar os desafios da sociedade moderna, formando não apenas bons profissionais, mas cidadãos conscientes da importância de seu papel para o progresso do Brasil”, destaca.
Assessoria de Imprensa da Setec
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