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Institutos federais

Parceria com a Petrobras muda a vida de jovens potiguares

  • Segunda-feira, 08 de junho de 2009, 11h04

O campus de Mossoró do instituto federal do Rio Grande do Norte é hoje um centro de excelência na formação de trabalhadores especializados (Foto:  Divulgação/Setec)Formado em eletromecânica pelo antigo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Rio Grande do Norte, Eliézio Vidal, 26 anos, trabalha como fiscal de uma multinacional norte-americana da área do petróleo. Tem um bom salário, casa própria e carro. Um grande salto na vida de um filho de agricultores, que tinha de percorrer a pé ou em lombo de burro o trajeto de mais de oito quilômetros até a escola. 


Histórias como a de Eliézio são cada vez mais comuns entre os jovens de Mossoró, município com aproximadamente 250 mil habitantes, segundo maior produtor de petróleo do Brasil — o primeiro em terra. Em julho do ano passado, convênio firmado entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte e a Petrobras mudou radicalmente as perspectivas de trabalho para os jovens à procura de capacitação profissional.


Com o convênio, foram ampliadas as atividades práticas oferecidas pelos cursos do instituto. O marco foi a instalação de uma minissonda de petróleo no campus de Mossoró, a primeira em uma escola, no Brasil. Graças a essa iniciativa, o treinamento, que ocorreria apenas nas empresas, quando da contratação do trabalhador, já faz parte do curso. Ou seja, o estudante termina a formação pronto para trabalhar.


Em outubro de 2008, o instituto aderiu ao Programa de Mobilização das Indústrias de Petróleo (Prominp), que transformou o campus em um centro de excelência na formação de trabalhadores especializados. O curso de operador de sonda de perfuração é, hoje, referência nacional e recebe estudantes de todas as regiões do país. A seleção é feita por concurso. Os aprovados recebem material didático e uniforme. Além da gratuidade, o convênio oferece bolsas de estudos (de R$ 300 a R$ 600) àqueles que comprovem carência financeira.


Turmas — Este mês, quatro novas turmas foram abertas. “São mais 60 jovens que passam a fazer parte das estatísticas oficiais como brasileiros que tiveram acesso à educação pública de qualidade”, diz o diretor-geral do campus, Clóvis Araújo.


Para o reitor do instituto, Belchior de Oliveira Costa, esse tipo de parceria evidencia que a integração entre escola e empresa é uma das chaves para estimular o desenvolvimento. “Nossa instituição completa cem anos e está preparada para enfrentar os desafios da sociedade moderna, formando não apenas bons profissionais, mas cidadãos conscientes da importância de seu papel para o progresso do Brasil”, destaca.

Assessoria de Imprensa da Setec

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