Capes quer ampliar número de mestres e doutores na Amazônia
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) irá encaminhar um questionário aos reitores das universidades e institutos de pesquisa dos estados que abrangem a região amazônica. A ação foi definida pelo grupo de estudo da Capes que discute a criação de um programa para ampliação do número de mestres e doutores na Amazônia. Atualmente, existem mil doutores na região que representa 60% do território brasileiro.
De acordo com o diretor de programas da Capes, José Fernandes Lima, o grupo de estudo, formado por especialistas e consultores da Capes, quer saber quais as necessidades, potencialidades e expectativas das instituições de ensino em relação à pós-graduação nos seus estados. A versão final do programa está em fase de conclusão. "Temos o desafio de formar recursos humanos na região e incentivar professores hoje não titulados a procurar a especialização", afirma.
Outra ação importante é a atração de lideranças, pesquisadores de excelência e cientistas para que possam desenvolver seus trabalhos. "Tudo deve ser feito de forma institucional. A universidade tem potencial para aumentar sua participação no ensino e na pesquisa e promover o treinamento de outras pessoas", avalia Lima.
Objetivo – O programa de formação de recursos humanos para a Amazônia tem entre seus objetivos incentivar a criação de projetos estratégicos específicos para altos estudos sobre os problemas locais, com a participação da comunidade científica local e nacional, além de intensificar os estudos da flora e da fauna amazônica e implantar, até 2010, um mínimo de 20 novos programas de pós-graduação em mestrado e doutorado.
Segundo estudos de especialistas, de 800 trabalhos publicados pela Amazônia apenas 100 têm a participação de um pesquisador brasileiro residente no país. O programa de recursos humanos da Amazônia faz parte do Plano Nacional de Pós-Graduação coordenado pela Capes.
Repórter: Adriane Cunha