Mais de 600 consultores fazem acompanhamento anual da pós-graduação
Até o final do ano, 688 consultores de 45 áreas do conhecimento estarão reunidos para monitorar o desempenho de cerca de três mil cursos de mestrado, doutorado e mestrado profissional do país. Para isso, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) monta anualmente uma infra-estrutura especial para atender às necessidades dos consultores.
Nesta primeira semana de reuniões, estiveram na sede da Capes, em Brasília, representantes de cinco áreas: ciências agrárias I, ciências biológicas I, psicologia, economia e engenharia IV. Ao todo, são 96 consultores em cinco salas.
De acordo com a coordenadora-geral de Acompanhamento e Avaliação da Capes, Rubia Silveira, o acompanhamento anual tem a finalidade de orientar e não julgar a atuação dos programas. “Este é um momento de apontar em que os programas podem melhorar antes da avaliação trienal, que acontecerá em 2007.” Segundo ela, os coordenadores de pós-graduação ficam muito apreensivos com o acompanhamento. “Não há necessidade de preocupação, o que os consultores fazem é contribuir para que os problemas sejam superados”, afirma.
Uma das principais diferenças entre o acompanhamento anual e a avaliação trienal é que no primeiro os consultores não atribuem nota ao programa de pós-graduação. O diretor de Avaliação da Capes, Renato Janine Ribeiro, ressalta que o acompanhamento tem a finalidade de orientação pedagógica. “Não é uma competição, é um momento de verificar, darmos atenção aos programas para que eles consigam superar as suas deficiências.”
Ao final do processo, cada curso recebe uma ficha de avaliação. Para fazer a análise os consultores utilizam o sistema de informática Coleta de Dados da Capes, com todas as informações dos cursos de pós-graduação e o sistema Qualis, que informa a produção científica.
Infra-estrutura - Para receber os cerca de 700 consultores, o coordenador executivo das Atividades Colegiadas da Capes, Newton Pimenta, responsável por toda a organização, conta que a primeira providência é montar um calendário dos encontros.
Além de computadores, mesas e cadeiras, é necessário solicitar salas extras. “Contamos com reforço extra dos setores de informática e serviços administrativos da Capes e também com a colaboração de outros órgãos do MEC, como o Inep, que cede salas para isso”, explica Pimenta.
Outro procedimento é providenciar as passagens aéreas e hospedagem para receber os professores e pesquisadores. “Os consultores fazem um trabalho voluntário e tentamos atendê-los da melhor forma possível”, conclui.
Repórter: Adriane Cunha