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Pesquisas e dados

Educação é o tema social com mais espaço na imprensa

  • Quarta-feira, 23 de novembro de 2005, 18h01
  • Última atualização em Quarta-feira, 16 de maio de 2007, 09h40

Foto: Wanderley PessoaA educação ganhou a pauta da imprensa em 60 jornais e dez revistas em todos os estados brasileiros em 2004, e é hoje o principal tema social tratado pela mídia impressa no país. Os dados constam da pesquisa A Educação na Imprensa Brasileira, realizada pela Agência de Notícias dos Direitos da Criança (Andi) e pelo Ministério da Educação com apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A pesquisa foi apresentada nesta quarta-feira, 23, no MEC.

A Andi analisou 5.362 textos produzidos em 31 dias distribuídos entre janeiro e dezembro de 2004. Nesse material, explica Veet Vivarta, diretor da Andi, a educação ocupa 22% dos espaços e o tema violência, na faixa da infância e da adolescência, 13%. O estudo também aponta que cerca de 70% dos textos analisados abordam uma ou mais modalidades de ensino formal. Destes, a maioria, 52%, faz referência ao sistema público, enquanto o setor privado aparece com 12,2%. De acordo com Vivarta, o MEC é um ator importante nessa cobertura, porque é gerador e transmissor de informações.

Para o secretário executivo do MEC, Jairo Jorge da Silva, a pesquisa mostra o sucesso das forças progressistas do país que querem que a educação tenha cada vez mais um papel estratégico. O gestor público, explicou, deve ser crítico, ter posição, mas tem que receber a crítica da imprensa e responder de forma madura para superar as contradições.

Análise – Ao analisar os dados, a Andi constatou que na maioria dos textos, exceto os editoriais e artigos, os jornalistas ouviram poucas fontes e que o governo nas três esferas – federal, estadual e municipal – ainda é o principal gerador das notícias sobre educação. Verificou que causas (17,3%), conseqüências (12,7%) e soluções (11,7%) têm pouco peso no conteúdo das matérias jornalísticas; e que 80,8% dos textos não trazem dados estatísticos, 84,2% não trazem informações sobre legislação, planos de governo ou diretrizes. Por outro lado, aparecem com destaque na pesquisa as discussões sobre os temas gênero e raça quando os textos tratam da questão do acesso dos estudantes à educação. Nesse caso, gênero aparece com 2,7% e raça com 10,4% das matérias. Já no conjunto da amostra, o gênero figura com 1,7% e raça, em função da discussão das cotas, com 6,8% dos textos. A pesquisa na íntegra pode ser consultada na página eletrônica da Andi

Focos – A educação superior ocupa o maior espaço entre todos os níveis de ensino analisados, representando 33,4%. Entre as causas principais apontadas pela Andi estão o debate da reforma da educação superior em 2004 e a criação do Programa Universidade para Todos (ProUni), que trouxe os temas acesso e inclusão para o centro do noticiário. Em segundo lugar ficou o ensino fundamental com 8,4% dos espaços da mídia impressa e em terceiro, o ensino médio com 5%. Entre as áreas mais ausentes dos noticiários estão a formação de professores e a educação indígena, ambas com 0,4%, e a educação especial com 0,6% dos espaços.

Repórter: Ionice Lorenzoni

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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