Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Todas as notícias > Inclusão: escolas expõem métodos
Início do conteúdo da página
Diversidade

Inclusão: escolas expõem métodos

  • Quinta-feira, 17 de abril de 2008, 07h54
  • Última atualização em Sexta-feira, 18 de abril de 2008, 12h15

Um dos colóquios da Conferência Nacional da Educação Básica teve como tema os trabalhos desenvolvidos pelas redes públicas de ensino para a promoção da educação inclusiva nas escolas de ensino fundamental e médio. Durante o encontro, educadores que atuam nos programas de educação para pessoas com deficiência e altas habilidades (superdotadas) puderam aprofundar os conhecimentos sobre o tema e conhecer o trabalho de especialistas que defendem a inclusão e o respeito às diferenças como meio para o aprimoramento do ensino no país.

A jornalista Cláudia Werneck, fundadora da Escola de Gente, Comunicação e Inclusão, defende a idéia de que nenhuma diferença pode ser considerada melhor ou pior do que outra. “Não queremos uma escola hierarquizada, que rotule as potencialidades de seus alunos”, disse. Para que a educação se desenvolva, devemos aproveitar o que as crianças podem oferecer e considerar a real diversidade que existe nos diferentes grupos”, destacou.

Segundo Cláudia, as escolas especiais tendem a separar potenciais alunos com deficiência e altas habilidades do convívio escolar, o que prejudica o desenvolvimento deles como cidadãos integrados ao meio social. “A discriminação ocorre todas as vezes que separamos as pessoas em função de suas diferenças. Para que possamos avançar, temos de promover o acesso de todos aos mesmos direitos”, enfatizou.

A psicóloga e professora Patrícia Cunha, coordenadora, em Belo Horizonte, do programa Educação Inclusiva – Direito à Diversidade, considera as iniciativas de inclusão fundamentais para reforçar o papel da escola ao promover a socialização. “Nela, ocorre a formação ética e sociocultural. Com a inclusão, pais e alunos aprendem a respeitar os limites e as potencialidades das pessoas com deficiência”, destacou.

Rosângela Machado, professora da rede municipal de Florianópolis, apresentou os resultados do trabalho que desenvolve com sua equipe na área de atendimento educacional especializado. Segundo a professora, há diferença entre o que ela denomina “prática de integração” e a verdadeira educação inclusiva. “Esta deixa de enfatizar as dificuldades naturais das pessoas com deficiência para priorizar suas potencialidades e o que elas podem produzir”, defendeu.

O encontro sobre educação inclusiva deu continuidade a uma das discussões centrais da conferência, que propunha abordagem sobre a diversidade no ensino fundamental e médio.

Rafael Ortega

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
X
Fim do conteúdo da página