Ministério incentiva educação integral
Cerca de 400 mil alunos passaram a contar, este ano, com atividades como judô, aulas de reforço e capoeira proporcionadas por 1.516 escolas que funcionam em tempo integral, em 51 cidades de 25 estados e do Distrito Federal. A iniciativa é possível graças ao Programa Mais Educação. Em 2009, serão dez mil escolas que funcionarão em tempo integral.
Nesta quinta-feira, 7, diretores de escolas e voluntários do programa estão reunidos em Brasília para o encontro de formação do Mais Educação no Distrito Federal. “Colocar atividades e pessoas diferentes nas escolas é uma prática que modifica a rotina escolar”, afirmou Leandro Fialho, coordenador de Educação Integral da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad). O evento tem o objetivo de formar os gestores do projeto e também será desenvolvido em outras cinco cidades ainda este ano: Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife e Belém.
O Mais Educação é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). O programa atua com três focos: ampliar o tempo de permanência dos estudantes na escola, aumentar o espaço utilizado para a educação – com a utilização de ambientes da comunidade e do bairro – e trazer mais atores sociais para dentro dos colégios.
Os responsáveis pelas atividades oferecidas no contraturno escolar são, preferencialmente, estudantes universitários. “Mas um capoeirista da comunidade pode ser voluntário também”, explicou Leandro Fialho. Os voluntários recebem uma ajuda de custo de até R$ 240 por mês. Em contrapartida, devem atender até 5 turmas semanais para os estudantes.
As próprias escolas escolhem as oficinas que pretendem desenvolver e também ficam responsáveis pela seleção dos voluntários. O Ministério da Educação, por sua vez, repassa recursos para a implementação das oficinas por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Entretanto, a partir de 2009, caso as escolas já declarem no Censo Escolar que funcionam em tempo integral, elas receberão um acréscimo de recursos do Fundo da Educação Básica (Fundeb) de 25% para o custeio das atividades. “Os recursos do PDDE são oferecidos apenas nesse primeiro ano, enquanto as escolas não declararam no censo que estão funcionando em tempo integral”, explicou Fialho.
Ana Guimarães
* Republicada com alteração de informações