Projeto Geografia Afro-Brasileira e Educação realiza oficina
Começa em Porto Alegre (RS), na próxima quinta-feira, 18, a sexta edição da Oficina Introdução à Geografia Afro-Brasileira, do projeto Geografia Afro-Brasileira e Educação. O projeto é patrocinado pelo Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), e desenvolvido em parceria com o Centro de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica (Ciga) da Universidade de Brasília (UnB). A oficina, que termina no dia 19, será realizada na Escola Estadual de Ensino Técnico Parobé, localizada na Av. José Loureiro da Silva, 945 – Centro.
O objetivo do evento é ampliar as informações, discutir e fornecer elementos para o conhecimento e a interpretação das estruturas espaciais existentes na formação do Brasil e sua população, tomando por base os aspectos geográficos da herança africana no território brasileiro.
“Essas oficinas vão ao encontro da aplicação da Lei Federal nº 10.639 e das Diretrizes Nacionais Curriculares para a Educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas, elementos esses da LDB”, disse a coordenadora-geral da Secad, Eliane Cavalleiro. Segundo Eliane, a ação também visa ao resgate do conhecimento sobre o continente africano no processo de ensino no Brasil. “É imperioso que crianças e jovens tenham um conhecimento mais consistente das culturas africanas na formação do povo brasileiro”, argumenta.
O projeto Geografia Afro-Brasileira e Educação conta também com o apoio do Grupo dos Embaixadores Africanos no Brasil; da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec); Reitoria da UnB; Decanato de Extensão da UnB; Mapas Editora & Consultoria; Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco); Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB); Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), e secretarias de estado da educação, entre outros.
A ação também busca homenagear os 400 anos de fundação do Quilombo de Palmares e os 350 anos do nascimento de Zumbi. “Para este ano, foram escolhidas sete capitais de relevância para a temática dos quilombos no Brasil e que expressassem a diversidade étnico-racial regional do país. Dessa forma, preconizamos que resgatar a importância do conhecimento sobre o continente africano no processo de ensino do Brasil é uma premissa básica para a população passar a ter uma outra atitude de valorização das culturas africanas na formação do povo brasileiro”, disse Eliane.
Em setembro, será a vez de Brasília receber a exposição A África, o Brasil e os Territórios dos Quilombos. O evento será de 14 a 25 de setembro, no Centro Cultural da Caixa.
Repórter: Sonia Jacinto