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Diversidade

Projeto da UFF recebe recursos do Uniafro

  • Quinta-feira, 09 de fevereiro de 2006, 09h24
  • Última atualização em Terça-feira, 29 de maio de 2007, 05h32

A Universidade Federal Fluminense (UFF) é uma das 18 instituições de ensino superior contempladas com o Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro), coordenado pelas secretarias de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC). Nove universidades federais e nove estaduais foram selecionadas pelo programa, dentre as 42 instituições inscritas.

O projeto da UFF — Programa Educação sobre o Negro na Sociedade Brasileira (Penesb) — foi aprovado integralmente pelo Ministério da Educação. Para realizá-lo, a universidade recebeu R$ 200 mil. A primeira iniciativa foi oferecer um curso de extensão sobre educação e população negra a 40 professores dos ensinos fundamental e médio da rede pública. Curso semelhante será ministrado em junho próximo para mais 200 professores.

Com o Uniafro, a UFF oferece 18 bolsas a universitários negros de diferentes cursos. Os estudantes participam de pesquisas sobre a questão racial nos cursos de licenciatura em história, pedagogia e letras da instituição; sobre o negro no cotidiano escolar; sobre o censo étnico-racial na UFF e sobre a história da educação do negro.

Segundo a professora Iolanda de Oliveira, coordenadora do Núcleo Penesb, serão publicados cinco trabalhos como resultado de pesquisas já concluídas. Um deles, Cor e Magistério, já foi encaminhado a uma editora. Os livros serão vendidos a preço de custo na universidade e doados a instituições. Serão publicados também artigos sobre a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que institui a temática africana e afro-brasileira no currículo do ensino básico, e as conferências do seminário internacional Educação e População Negra, realizado em novembro, no Rio de Janeiro.

Apoio — “O Uniafro é importante porque precisamos de apoio a atividades destinadas a incentivar o acesso e a permanência dos negros na universidade”, afirma Iolanda. Segundo ela, o número de bolsistas é pequeno, mas todos têm a garantia de permanecer na universidade e ganham formação acadêmico-política sobre a questão negra.

Cada projeto do Uniafro recebeu de R$ 50 mil a R$ 200 mil do MEC para ações afirmativas, como mapeamento étnico-racial, cursos de estudos culturais afro-brasileiros, seminários sobre diversidade, formação de professores e publicação de materiais. Mais informações pelos telefones (61) 2104-9309 e (21) 2703-2828 e 2629-2687.

Repórter: Súsan Faria

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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