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Diversidade

Programa do MEC forma professores para combater homofobia

  • Quarta-feira, 17 de maio de 2006, 15h16
  • Última atualização em Sexta-feira, 18 de maio de 2007, 10h05

O dia 17 de maio marca o Dia Mundial de Combate à Homofobia. Visando à formação de mais de mil profissionais da educação em cidadania e diversidade sexual ainda este ano, o Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), promove no MEC o programa do governo federal Brasil sem Homofobia. O objetivo é contribuir para a formação de profissionais da educação que possam lidar de maneira adequada e de forma educativa, em seu cotidiano escolar, com temas relacionados à orientação sexual e de identidade de gênero.

"As diferenças existem nas salas de aula, mas o assunto não é conversado principalmente porque os professores não têm informação para lidar com a questão da orientação sexual", afirma a professora Marta Regina Gomes que ensina na Escola Municipal Gustavo Barros, em Fortaleza (CE). "Estou adorando o curso realizado pelo Grupo de Resistência Asa Branca (Grab). É bom que o professor conheça sobre o assunto para poder intervir melhor quando o(a) aluno(a) requisitar ou quiser conversar", finaliza a professora.

O programa Brasil sem Homofobia envolve diversas entidades do governo na promoção do respeito à diversidade sexual e do combate às várias formas de violação dos direitos humanos de gays, lésbicas, transgêneros e bisssexuais. O Ministério da Educação tem como responsabilidade a promoção de campanhas de combate à violência homofóbica nas escolas. No dia 25 deste mês, o grupo de trabalho (GT) do Brasil sem Homofobia do MEC deverá se reunir, pela primeira vez, para avaliar a implementação dos cursos desenvolvidos pelas 15 entidades (ver lista) apoiadas pelo ministério. O GT é composto por representantes de todas as secretarias do MEC, Instituto de Pesquisa Anísio Teixeira (Inep/MEC) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC).

Rogério Junqueira, executor técnico do Programa de Formação de Profissionais da Educação para a Cidadania e a Diversidade Sexual, afirma que, "pela primeira vez na história do MEC, nós estamos tratando a orientação sexual no plano dos direitos humanos. É importante realizar esta ação na escola porque é geralmente nela que se dá o espaço de opressão contra homossexuais, mas, ao mesmo tempo, a escola é um espaço fundamental na luta contra a homofobia", declara.

Histórico do dia - A idéia de instituir o dia de combate à homofobia surgiu na França, a partir de uma iniciativa de Louis-Georges Tin. A meta é fazer com que o dia comemorativo faça parte dos calendários oficiais do maior número de países possíveis e entidades internacionais, assim como o Dia da Mulher e o Dia Mundial contra Discriminação Racial. Garantir cidadania plena, revogar leis discriminatórias e acabar com a intolerância antigay também são itens das manifestações.

Repórter: Ivonne Ferreira

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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