Professor de Tocantins recebe especialização sobre História da África
Professores da rede pública de ensino básico de Tocantins participarão do seminário História da África, da Cultura Negra e do Negro — Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. O encontro será realizado de 23 a 26 de agosto, em Palmas e Porto Nacional.
A iniciativa é do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Universidade Federal de Tocantins (UFTO), em parceria com o Programa de Ações Afirmativas para a População Negra nas Instituições Públicas de Educação Superior (Uniafro). O seminário conta ainda com a participação das secretarias de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e das secretarias de educação estadual e de Palmas.
O encontro reunirá professores de história, literatura, artes e áreas afins. “Temos um corpo docente especializado em variadas temáticas relacionadas aos estudos sobre os negros”, disse o professor Antônio Liberac Pires, coordenador do núcleo de estudos. Durante o seminário, Liberac lançará a coletânea Comunidades Remanescentes, Escravidão e Cultura, em co-autoria com Rose Oliveira, e o livro As Associações dos Homens de Cor e a Imprensa Negra Paulista.
Curso — O seminário é parte de um programa de especialização em história da África, realizado pela parceria do MEC com o Neab, da UFTO. Iniciada em fevereiro, a atividade conta com a participação de 125 professores da rede pública de Palmas e de cidades do interior do estado. O curso tem 17 módulos e é realizado a cada 15 dias, nos finais de semana.
“Estudamos desde a história da escravidão na África até arqueologia”, explicou Antônio Liberac. Segundo ele, os participantes são preparados não só com base no conteúdo didático. Os professores mantêm contato com comunidades negras e com especialistas em história da África.
Como parte das atividades, os participantes conhecerão, por exemplo, as idéias de Mãe Beata de Iemanjá, baiana radicada no Rio de Janeiro. Os professores assistirão e poderão reproduzir vídeos sobre as comunidades Kalunga, de descendentes de quilombolas, e da Barra da Aroeira, remanescente da Guerra do Paraguai. O material poderá ser utilizado para exibição em sala de aula.
Liberac entende que o Uniafro permitirá às universidades dar um salto de qualidade no ensino sobre a cultura e história da África. Ressalta, ainda, que os professores participantes do curso serão multiplicadores de informações. "Na UFTO, 70% dos estudantes são negros".
Mais informações pelos telefones (61) 2104-9309, 2104-9221, (63) 3363-6664, 3363-2973 e 3363-5500, no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e na página eletrônica do Uniafro.
Repórter: Susan Faria