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Diversidade

Especialistas discutem no Rio redução da violência letal

  • Quinta-feira, 05 de outubro de 2006, 14h22
  • Última atualização em Terça-feira, 22 de maio de 2007, 09h52

Foto: Wanderley PessoaA morte por homicídio será o foco das discussões entre especialistas brasileiros e europeus na sexta-feira, 6, na Favela da Maré, Rio de Janeiro. A reunião faz parte de uma série de debates que envolvem a criação de um programa nacional de combate à violência letal e ocorrerá na sede do Observatório de Favelas, uma organização que trabalha para a formação de lideranças comunitárias nas favelas brasileiras. O encontro também pretende definir uma agenda de ações ao combate à violência letal contra crianças, adolescentes e jovens.

O Ministério da Educação participará da elaboração da agenda, em conjunto com o Observatório de Favelas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a ONG Save The Children Suécia, que atua no mundo inteiro, participando de movimentos sociais em favor da infância. Representantes da Organização Intereclesiástica para a Cooperação ao Desenvolvimento (ICCO), da Holanda, também participarão via internet.

Segundo o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Ricardo Henriques, a agenda servirá como agente de conscientização, além de reunir informações que permitam a criação de ações educacionais com outras áreas como a de trabalho e cultura.

A violência letal compreende todos os tipos de homicídio e está mais presente nas periferias das grandes cidades. No Brasil, cerca de 60% das vítimas são jovens entre 15 e 24 anos, em sua maioria afrodescendentes e pardos. Uma das causas do problema é o envolvimento dos jovens com o tráfico de drogas, a falta de perspectiva socioeconômica e a fragilidade da estrutura familiar. Segundo Henriques, para mudar a situação é preciso promover ações que combatam um problema-chave. “É preciso recriar a relação entre a escola e a comunidade, dando novas perspectivas para que os jovens tornem-se menos suscetíveis à violência”, afirmou.

Escola e comunidade – A relação entre a escola e a comunidade e o combate à violência são foco de programas da Secad. O Escola que Protege oferece aos educadores formação para enfrentar a violência contra crianças e adolescentes, incluindo a violência física, psicológica, abandono, negligência, exploração sexual e exploração do trabalho infantil. Já o Conexões dos Saberes, parceria com o Observatório de Favelas, é voltado para o ensino superior e busca ampliar a relação entre a universidade e os moradores de espaços populares. Os alunos recebem apoio financeiro e metodológico para produzir conhecimento científico e contribuir para o desenvolvimento de suas comunidades.

Repórteres: Cíntia Caldas e Karla Nonato

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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