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Diversidade

Projetos de escolas mostram diversidade brasileira

  • Terça-feira, 07 de novembro de 2006, 11h31
  • Última atualização em Terça-feira, 22 de maio de 2007, 11h10

Um alarme residencial sem fio, um curso de saúde bucal destinado a capacitar equipes do Programa Saúde da Família (PSF) e uma pesquisa sobre extração de óleos essenciais são alguns dos projetos expostos na Mostra Nacional de Educação Profissional e Tecnológica. A exposição integra a 1ª Conferência Nacional, que termina nesta quarta-feira, dia 8, em Brasília.

O projeto de alarme residencial com sensor a laser, de autoria dos estudantes Israel da Silva Celomar Júnior e Marcos Patrick, foi orientado pelo professor José Ricardo Canez, do curso técnico em eletrônica do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pelotas, Rio Grande do Sul. O trabalho resulta de um desafio proposto pelo tio de Celomar, um pequeno proprietário rural cujo sítio era alvo constante de ladrões. O sistema proposto pelos estudantes alia a praticidade da instalação à economia de tempo e dinheiro, sem comprometer a confiabilidade.

Como explica o coordenador de extensão e eventos da instituição, Miguel Baneiros, o protótipo, que custou R$ 300, protege uma área de 60 metros quadrados, não utiliza fios e tampouco sensores de presença. Em seu lugar, espelhos planos, colocados em canos de PVC, fecham a área por reflexão da luz. Por isso, para construir o alarme, os estudantes tiveram de aprofundar os estudos sobre ótica.

As vantagens do laser são muitas. Como mostra o estudo dos alunos, um mesmo feixe tem grande alcance e pode ser refletido por espelhos em vários pontos de uma área. O feixe a laser é refletido de forma a atingir um fotodiodo — dispositivo que mede a intensidade da luz refletida a partir de uma fonte. Quando isso acontece, o alarme liga a sirene ou qualquer outra carga que possa indicar que o sistema foi violado.

Saúde bucal — De Uberaba, no Triângulo Mineiro, o diretor do Centro de Formação Especial em Saúde (Cefores), professor José Henrique Nunes, trouxe a Brasília a experiência do curso de formação de profissionais para integrar as equipes do PSF. A escola, vinculada à recém-criada Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), abriu, em agosto, um curso técnico em saúde bucal com uma qualificação e duas habilitações.

Com 600 horas, o profissional torna-se auxiliar de consultório dentário. Com outras 600 horas, é habilitado como técnico em higiene dental e, por igual período, como técnico em prótese. No total, o curso tem duração de 1,7 mil horas. Os 30 alunos da turma têm, além das aulas teóricas, 600 horas de práticas, no mínimo, no Hospital Universitário da UFTM.

Nunes esclarece que o curso foi montado para atender as exigências do mercado na região. Somente na Gerência Regional de Saúde, que abrange 27 cidades vizinhas a Uberaba, há 96 equipes do PSF, das quais 42 trabalham no município. Para fevereiro de 2007, planeja-se iniciar um curso de qualificação para agentes comunitários de saúde, também participantes de equipes do PSF.

Óleos essenciais — De Recife, o professor Eduardo Alécio, do curso de química do Cefet de Pernambuco, coordenou uma pesquisa sobre extração de óleos essenciais de plantas do Nordeste, como alecrim, erva-cidreira, cravo-da-índia e pimenta. Seu projeto, que tem o apoio do Fundo de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado (Facep), envolve a participação de estudantes, que colocam em prática o conhecimento adquirido em sala de aula. A proposta é produzir insumos para alimentos, desinfetantes e sabonetes, entre outros itens.

Eduardo e seus alunos fazem a caracterização dos óleos quanto à composição química, rendimento e toxicidade para identificar a potencialidade da planta para uso nas indústrias alimentícia, de cosméticos e farmacêutica. Na fabricação de alimentos, os óleos são usados como aromatizantes e condimentos. Na indústria química, em desodorantes, inseticidas, perfumes, plásticos, sabonetes, solventes e tintas. Na de fármacos, na composição de analgésicos, estimulantes, expectorantes e sedativos.

A pesquisa busca desenvolver novos produtos e aproveitar as partes de plantas não utilizadas em outros processos industriais. Eduardo explica que a laranja, depois da extração do suco, pode ter a casca prensada para extração de óleos destinados ao uso alimentar.

Os óleos, que podem ser obtidos a partir da flor, da folha, do caule, da raiz e também de frutas cítricas, são extraídos por arraste de vapor (hidrodestilação), por vapor direto ou por prensagem.

Na Mostra Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, 77 instituições estão representadas, entre Cefets, escolas agrotécnicas, colégios técnicos e universidades.

Rodrigo Farhat

 

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