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Diversidade

Brincar na rua é possível com a educação integral

  • Quarta-feira, 06 de dezembro de 2006, 15h07
  • Última atualização em Segunda-feira, 14 de maio de 2007, 10h39

Reconquistar a rua é a proposta de muitas escolas de educação integral que estão sendo implantadas em várias partes do País. O objetivo destas instituições é pensar nos novos tempos e mudar o modelo de escola consolidado no século 20, restrito especificamente às aulas.

Com o novo modelo, as crianças têm o lazer monitorado pelos profissionais da educação e voltam ao velho costume de brincar na rua, que foi gradativamente banido de suas rotinas, especialmente por causa da violência. “É um direito básico da criança e que se transformou em um luxo nos últimos tempos”, aponta Maria do Pilar Lacerda, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e secretária municipal de educação de Belo Horizonte. “É preciso que a escola transborde do seu muro e crie vínculos com a comunidade para propiciar esse espaço”, afirma.

Esta prática garante a permanência da criança na escola, melhora o aprendizado e auxilia os pais que trabalham fora e não têm onde deixar os filhos. Maria do Pilar garante que o projeto é um eixo da escola, mas não como o único lugar de aprendizagem.

Benefícios — Maria Antônia Goulart, coordenadora-geral do projeto Bairro Escola de Nova Iguaçu (RJ), diz que não é fácil convencer a todos dos benefícios da escola plural, pois há muito tempo a educação não é mudada de forma tão significativa. “Vamos fazer as crianças ocuparem a rua novamente e criar condições para não temê-la”, pontua.

O assunto foi tema nesta quarta-feira, 6, da mesa-redonda Educação Integral: Horizontes de Diversidades e Cidadania, como parte do evento Diferentes Diferenças, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), em Brasília.

Letícia Tancredi

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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