Seminário avalia política de formação de pescadores
A formação de pescadores será o tema do seminário nacional Política para Formação Humana na área de Pesca Marinha e Continental e Aqüicultura Familiar, que será realizado na terça-feira, 22, em João Pessoa. O evento dará continuidade às ações previstas no termo de cooperação firmado entre a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República (Seap) e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC).
O acordo, assinado em novembro de 2006, prevê a elaboração de uma política nacional para a formação de mão-de-obra na área pesqueira. Serão oferecidos cursos profissionalizantes de nível médio e superior, desenvolvidos pelo Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja). “O Brasil precisa de um maior número de profissionais qualificados para exercer as atividades de pesca marinha e continental”, afirmou o titular da Setec, Eliezer Pacheco, que participará da abertura do seminário.
Além de debater a implementação do acordo de cooperação técnica, o encontro pretende divulgar experiências bem-sucedidas de alfabetização de pescadores, a formação dos educadores, a participação dos movimentos sociais e a sintonia da oferta educativa com cultura, economia e sociedade local e regional, sustentabilidade e diversidade.
Segundo o sistema do Registro Geral da Pesca, que tem 390 mil inscritos, 74% dos pescadores deixaram de completar o ensino fundamental. Os números conferem com dados do Ministério do Trabalho. Nos documentos que os pescadores preenchem para receber o seguro pago na época da pesca proibida, 78% dos beneficiados declararam não ter completado a quarta-série primária e 47% afirmaram ser analfabetos.
Flavia Nery