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Educação indígena

Alimentação escolar beneficia 133 mil estudantes indígenas

  • Sexta-feira, 18 de março de 2005, 10h27
  • Última atualização em Segunda-feira, 28 de maio de 2007, 08h32

Em 2003, quando o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC) passou a contemplar as comunidades indígenas com o Programa Nacional de Alimentação Escolar Indígena (Pnai), até este ano, a quantidade de alunos beneficiados aumentou 16%. Naquele ano, 115 mil alunos foram atendidos com refeições voltadas aos seus hábitos alimentares. Já em 2005, esse número saltou para 133.241 estudantes. Com um valor per capita/dia de R$ 0,34, o Pnai abrange 250 dias letivos, obedecendo ao calendário escolar das aldeias, que vai de fevereiro a dezembro, com intervalo na época da colheita. O orçamento do programa para 2005 é de R$ 11,3 milhões.

Os municípios podem usar os recursos do programa na aquisição de produtos alimentares que beneficiem os alunos e sua família, procurando perpetuar a culinária da reserva indígena, que se baseia, predominantemente, em raízes e peixes. Com uma população de 35.503 alunos indígenas, o Amazonas é o estado com maior número desses estudantes, seguido pelo Mato Grosso do Sul, com 18.551 alunos.

No município sul-mato-grossense de Caarapó, a Secretaria Municipal de Educação desenvolve o Projeto Poty Reñoy, atendendo 800 alunos da reserva Te yikue, com uma população de 3 mil pessoas de 700 famílias da etnia guarani/kaiowa. Fora do horário escolar, as crianças vão para a sede do projeto, onde estudam a língua guarani, do pré-escolar até a 4ª série.

Aulas - As crianças a partir da 5ª série, começam a ter aulas de língua portuguesa, língua inglesa, informática e artes. Eles continuam a ter aulas de guarani. O objetivo é resgatar a cultura indígena e evitar o abandono das salas de aulas, conta Ismael Guevara, secretário municipal de Educação. Há outras atividades, como práticas esportivas e aulas no viveiro, onde os técnicos agrícolas da secretaria municipal de Desenvolvimento Social ensinam o manejo e plantio de hortaliças e o reflorestamento das árvores.

Para a alimentação, a secretaria utiliza as hortaliças colhidas no viveiro e conta com o leite de soja fornecido pela Secretaria de Ação Social de Caarapó. Segundo Ismael Guevara, para estimular a participação dos estudantes, está prevista a construção de açudes para o desenvolvimento da piscicultura na região, uma vez que o peixe é o principal alimento de sustentação das tribos.

Repórter: Lucy Cardoso

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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