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Educação indígena

Professores indígenas do Alto Solimões começam curso superior

  • Quarta-feira, 19 de julho de 2006, 14h58
  • Última atualização em Segunda-feira, 21 de maio de 2007, 09h32

Foto: Wanderley PessoaA pedagogia e os direitos indígenas são os temas centrais do curso de licenciatura para professores indígenas do Alto Solimões, que começa esta semana, na Aldeia Filadélfia, em Benjamin Constant, Amazonas. A primeira turma do curso superior, que é oferecido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), reúne 220 professores ticunas e outros 30 dos povos cocama, caixana e cambeba, que vivem às margens do Alto Solimões.

Com duração de cinco anos, divididos em dez etapas presenciais e nove intermediárias, o curso forma professores para trabalhar nas séries finais do ensino fundamental e no ensino médio nas aldeias. O primeiro módulo presencial do curso, explica o coordenador de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC), Kleber Gesteira, tem duração de três semanas.

Na etapa seguinte, os professores desenvolverão pesquisas sobre temas de interesse de suas escolas e comunidades usando as metodologias ensinadas na fase presencial. A UEA oferecerá o segundo módulo presencial nas férias escolares, entre janeiro e fevereiro de 2007.

Parceria – A graduação de professores indígenas oferecida por universidades federais e estaduais recebe apoio financeiro do Ministério da Educação por meio do Programa de Apoio à Implantação e Desenvolvimento de Cursos de Licenciatura para a Formação de Professores Indígenas (Prolind). Os recursos do programa são repassados pela Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) e pela Secad.

A UEA, por exemplo, recebeu R$ 500 mil para custear parte dos gastos com alimentação e hospedagem dos professores formadores e cursistas e para a aquisição de materiais didáticos das etapas presenciais de julho e agosto de 2006 e de janeiro e fevereiro de 2007. O curso superior da UEA conta, também, com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), Secretaria de Educação do Estado do Amazonas, Organização Geral dos Professores Ticunas Bilíngüe (OGPTB) e do Fundo Indígena de Desenvolvimento, organização não-governamental com sede na Bolívia.

Segundo Kleber Gesteira, recursos do Prolind também apóiam cursos de licenciaturas indígenas já implantados pelas universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e de Roraima (UFRR) e pela estadual de Mato Grosso (Unemat), além de cursos em fase de elaboração nas universidades federais do Amazonas (Ufam) e de Campina Grande (UFCG) e das estaduais da Bahia (Uneb) e de Londrina (UEL).

Repórter: Ionice Lorenzoni

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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