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Educação no campo

Projovem Campo vai qualificar mais 48 mil agricultores

  • Quarta-feira, 10 de junho de 2009, 16h34
  • Última atualização em Quarta-feira, 10 de junho de 2009, 16h34
Mais 48 mil jovens agricultores com idade entre 18 e 29 anos, com ensino fundamental incompleto, terão a oportunidade de ingressar este ano no programa Projovem Campo – Saberes da Terra. Com duração de dois anos, o curso qualifica jovens do campo para trabalhar na agricultura familiar e oferece certificado de conclusão do ensino fundamental.

Armênio Schmidt, diretor de educação para a diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), explica que as 48 mil vagas vão se somar às 35 mil abertas em 2008. Os 35 mil agricultores já foram selecionados e devem começar o curso nos meses de junho, julho ou agosto. São jovens da área rural de municípios dos 19 estados que aderiram ao programa no ano passado.

Além da expansão das vagas – de 35 mil para 48 mil –, Armênio Schmidt diz que o Projovem Campo terá outra novidade em 2009. O programa será oferecido às 26 secretarias estaduais de educação e ao Distrito Federal, mas, caso algum estado não queira aderir, terão prioridade na ocupação das vagas os municípios daquela unidade da Federação e os jovens residentes nos Territórios da Cidadania.

Para 2010, segundo Schmidt, a Secad estuda ampliar o Saberes da Terra para agricultores adultos, acima de 30 anos, não contemplados pelo Projovem Campo. O modelo que está em estudo, adianta o diretor, oferece aos municípios o curso, a formação de professores e os cadernos didáticos por meio do Plano de Ações Articuladas (PAR). O PAR é uma ação municipal que compreende diagnóstico da educação local e a definição de prioridades para um período de quatro anos.

Avaliação – Coordenadores do Projovem Campo – Saberes da Terra de 19 estados e das 19 instituições de ensino superior públicas, parceiras do programa, concluem nesta quarta-feira, 10, em Brasília, encontro de avaliação sobre o andamento da formação de professores e as agendas do início dos cursos. Segundo Armênio Schmidt, o programa respeita a diversidade do campo em cada estado, mas como é uma política nacional, “reuniões anuais servem para dar unidade à diversidade”.

Entre os 19 estados que aderiram ao programa em 2008, o Mato Grosso e o Pará já iniciaram as aulas. Rui Leonardo Souza Silveira, coordenador do Projovem Campo em Mato Grosso, explica que o estado saiu na frente porque mantém boa articulação com os movimentos sociais do campo e que isso facilitou a matrícula dos 1.100 agricultores.

A secretaria estadual também selecionou 150 professores da sua rede para fazer o curso de especialização em educação no campo no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, que é o parceiro do Projovem no estado. De acordo com o diretor de ensino da Pró-Reitoria de Ensino do instituto, Gabriel Antônio Ogaya Joerke, a preparação inicial dos professores indicados pela secretaria estadual de educação ocorreu no campus São Vicente, em abril, e outra turma fez a formação no campus de Colider, em maio. Ao todo, o instituto federal de Mato Grosso fará quatro encontros de formação por ano, vai acompanhar os professores nas salas de aula e também nas atividades na comunidade. O curso para os professores e para os agricultores tem duração de dois anos e é feito ao mesmo tempo.

Ednaide Rêgo, coordenadora do comitê de educação do campo da secretaria estadual de educação do Rio Grande do Norte, informa que os 1.200 agricultores e os professores da rede que vão trabalhar na formação já foram selecionados, mas que o começo das aulas depende da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), parceira da secretaria. Os cursos serão oferecidos nos polos do Sertão do Apodi e em Mato Grande, regiões do estado com baixos índices de desenvolvimento humano (IDH) e de desenvolvimento da educação básica (Ideb).

A Ufersa, explicou o coordenador do Projovem na instituição, Antonio Jorge, já recebeu os recursos do MEC, mas tem um item do projeto que precisa ser modificado antes de começar a qualificação dos professores.

Para a formação dos 35 mil agricultores, o Ministério da Educação vai investir R$ 111,2 milhões. Destes recursos, R$ 84 milhões são para as 19 secretarias estaduais de educação e R$ 27,2 milhões para as 19 instituições de ensino público parceiras.

Ionice Lorenzoni
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