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Educação no campo

Universidade oferece licenciatura no campo em Sergipe

  • Quinta-feira, 21 de dezembro de 2006, 13h39
  • Última atualização em Quarta-feira, 23 de maio de 2007, 10h15

Trabalhadores e profissionais da área rural ganham espaço na Universidade Federal de Sergipe (UFS). No primeiro semestre de 2007, a instituição abrirá dois vestibulares especiais para essa clientela. Em fevereiro, para curso de pedagogia destinado a educadores do campo que atuam na área de reforma agrária. No final de abril ou início de maio, para licenciatura em educação no campo. Cada um desses cursos terá 50 vagas, duração de quatro anos e apoio do governo federal.

O Ministério da Educação apóia diretamente o segundo curso. As secretarias de Educação Superior (SESu/MEC) e de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) instituíram o Programa de Apoio à Formação Superior e Licenciatura em Educação no Campo. Em dezembro, o MEC liberou R$ 1 milhão para cinco universidades federais implementarem o curso e custearem as despesas dos estudantes. Cada universidade, dentre elas a UFS, recebeu R$ 200 mil.

“Estamos elaborando o projeto e pretendemos iniciar o curso em junho próximo”, explicou Sônia Meire Azevedo de Jesus, professora do Departamento de Educação e de Mestrado em Educação da UFS. O  curso funcionará por módulos — três na universidade e outros três no campo, onde os alunos moram, e com acompanhamento de professores e orientadores pedagógicos. Portanto, serão seis módulos por ano, durante quatro anos.

De acordo com Sônia Meire, será o terceiro curso da universidade com vestibular especial para moradores do campo. Há dois anos e meio, a UFS, com apoio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), oferece curso de agronomia para 50 alunos.  Outro curso, o de pedagogia para educadores do campo, com 50 vagas e vestibular em fevereiro, começa em maio.

Demanda — Para se inscrever nesses vestibulares o estudante deve ter o ensino médio, ser agregado ou filho de assentado da reforma agrária e apresentar os demais documentos pedidos em vestibulares tradicionais. De acordo com Sônia Meire, os cursos foram escolhidos de acordo com a demanda apresentada por representantes de movimentos sociais e do campo. “Na área rural, não existe assistência técnica permanente. Daí a importância do curso de agronomia”, explicou.

Os cursos de pedagogia e licenciatura vão suprir a demanda por formação de professores. “O nível de não-escolarização no campo é alto. Na área, não há creches nem educação infantil. O índice de analfabetismo é grande”, observou. Sônia Meire destaca ainda ser necessário oferecer formação adequada  também a professores concursados que já atuam em escolas rurais. Os recursos do MEC servirão para pagar alojamento, transporte, alimentação e material didático dos professores do curso de licenciatura. “Esses cursos oferecem a possibilidade de se aproveitar a experiência e a vivência dos alunos. Os professores da universidade vão pensar por outros paradigmas, a partir da perspectiva da ciência, mas também do desenvolvimento sustentável, da economia solidária e do meio-ambiente”, exemplificou.

As demais universidades federais selecionadas pelo MEC para oferecer curso de licenciatura no campo em 2007 são as de Campina Grande (Paraíba), Bahia e Minas Gerais, além da Universidade de Brasília.

Mais informações pelos telefones  (61) 2104-9382 e (79) 3255-1510 e no endereço eletrônico Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Susan Faria

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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