Institutos federais
“Sempre quis saber mais. Fiz um esforço pros meus filhos estudarem. Hoje tenho uma filha que está na faculdade”, conta orgulhoso Martinho Neri do Nascimento, 57 anos. Pescador profissional em Cáceres, Martinho parou de estudar aos 10 anos de idade. Hoje integra um grupo de 150 alunos do curso de Aproveitamento e Industrialização de Pescados Regionais do Proeja.
Assim como Martinho, o aluno Donício Ferreira Lemes, 48 anos, comemora a valorização do estudo e alegria de ver uma filha na universidade. Ele conta que trabalhava em fazendas, virou pescador e mudou para beira do rio próximo a cidade para facilitar o acesso dos filhos à escola.
“Eu nunca tinha tive oportunidade de concluir um ano na escola; estudava um tempinho e tinha que parar para trabalhar, mas fiz esforço pros meus filhos frequentarem as aulas. Agora estou fazendo um esforço também para eu aprender um pouquinho mais”, conta.
Parceria – Desenvolvido em parceira com a Prefeitura Municipal de Cáceres, o curso, iniciado em janeiro deste ano, tem o objetivo de oferecer o ensino profissional e alfabetização à população ribeirinha, em especial ao trabalhador que vive da pesca. Para atender essa demanda, o projeto desenvolve escola diferenciada, com calendário próprio e metodologia aplicada à realidade do curso.
O trabalho, que envolve professores da rede municipal, conta com aulas intensificadas no período da piracema e, nos demais meses do ano, ministradas em fins de semana nos acampamentos dos pescadores. Também são organizadas em plantões semanais para atender o aluno que vier à cidade.
“Faço força e questão de estudar. Vou ao rio no sábado e volto na sexta para vir à escola à noite. No período da piracema venho todos os dias. As pessoas de todas as profissões precisam sempre aprender”, afirma Sebastião Rodrigues, com a sabedoria de seus 59 anos.
Pescador há 22 anos, Sebastião já trabalhou como motorista, borracheiro, operador de máquina de cinema. Aprendeu a ler aos 19 anos, com o objetivo de tirar a carteira de motorista. O seu retorno à escola foi apoiado pela companheira de longa data, a esposa Cândida, também pescadora e aluna do Proeja.
Diferenças – Personagens dessa história, Silvano Luiz Vieira, 36 anos, e Anicácio da Silva Pedro, 47 anos, desenham caminhos e expectativas diferentes com relação ao curso. “Quero dar continuidade aos estudos, quem sabe me profissionalizar na área de informática”, conta Anicácio. Filho de pescador, Silvano quer permanecer na profissão herdada do pai e avalia o estudo como ferramenta para o exercício da cidadania.
“Eu vou ser sempre pescador. E o estudo faz falta para gente ter melhor entendimento do que é direito nosso. Ter mais liberdade, até para tirar uma carteira de habilitação”, exemplifica Silvano.
Também filha de pescador, Marinalva Teixeira, 35 anos, foi criada pelo pai. Ela lembra que sua historia quase não existe sem o rio, pois desde os dois anos de idade seguia seu pai na atividade cotidiana da pesca. “Eu nasci na beira de uma baía, no rio Paraguai. Aqui passei quase toda minha vida, depois de jovem saí algumas vezes para tentar trabalhar na cidade, mas sempre voltei”, conta. Pescadora profissional há três anos, Marinalva sai de casa às três horas da manhã e volta no final da tarde para partilhar seu tempo no rio com a nova experiência de estudar. “É gostoso estar no colégio, aprendemos muitas coisas. Ainda tenho dificuldade de leitura, mas já consigo escrever”, comemora.
Assessoria de Comunicação do Instituto Federal de Mato Grosso
Retorno aos estudos muda vida de pescadores e agricultores
“Sempre quis saber mais. Fiz um esforço pros meus filhos estudarem. Hoje tenho uma filha que está na faculdade”, conta orgulhoso Martinho Neri do Nascimento, 57 anos. Pescador profissional em Cáceres, Martinho parou de estudar aos 10 anos de idade. Hoje integra um grupo de 150 alunos do curso de Aproveitamento e Industrialização de Pescados Regionais do Proeja.
Assim como Martinho, o aluno Donício Ferreira Lemes, 48 anos, comemora a valorização do estudo e alegria de ver uma filha na universidade. Ele conta que trabalhava em fazendas, virou pescador e mudou para beira do rio próximo a cidade para facilitar o acesso dos filhos à escola.
“Eu nunca tinha tive oportunidade de concluir um ano na escola; estudava um tempinho e tinha que parar para trabalhar, mas fiz esforço pros meus filhos frequentarem as aulas. Agora estou fazendo um esforço também para eu aprender um pouquinho mais”, conta.
Parceria – Desenvolvido em parceira com a Prefeitura Municipal de Cáceres, o curso, iniciado em janeiro deste ano, tem o objetivo de oferecer o ensino profissional e alfabetização à população ribeirinha, em especial ao trabalhador que vive da pesca. Para atender essa demanda, o projeto desenvolve escola diferenciada, com calendário próprio e metodologia aplicada à realidade do curso.
O trabalho, que envolve professores da rede municipal, conta com aulas intensificadas no período da piracema e, nos demais meses do ano, ministradas em fins de semana nos acampamentos dos pescadores. Também são organizadas em plantões semanais para atender o aluno que vier à cidade.
“Faço força e questão de estudar. Vou ao rio no sábado e volto na sexta para vir à escola à noite. No período da piracema venho todos os dias. As pessoas de todas as profissões precisam sempre aprender”, afirma Sebastião Rodrigues, com a sabedoria de seus 59 anos.
Pescador há 22 anos, Sebastião já trabalhou como motorista, borracheiro, operador de máquina de cinema. Aprendeu a ler aos 19 anos, com o objetivo de tirar a carteira de motorista. O seu retorno à escola foi apoiado pela companheira de longa data, a esposa Cândida, também pescadora e aluna do Proeja.
Diferenças – Personagens dessa história, Silvano Luiz Vieira, 36 anos, e Anicácio da Silva Pedro, 47 anos, desenham caminhos e expectativas diferentes com relação ao curso. “Quero dar continuidade aos estudos, quem sabe me profissionalizar na área de informática”, conta Anicácio. Filho de pescador, Silvano quer permanecer na profissão herdada do pai e avalia o estudo como ferramenta para o exercício da cidadania.
“Eu vou ser sempre pescador. E o estudo faz falta para gente ter melhor entendimento do que é direito nosso. Ter mais liberdade, até para tirar uma carteira de habilitação”, exemplifica Silvano.
Também filha de pescador, Marinalva Teixeira, 35 anos, foi criada pelo pai. Ela lembra que sua historia quase não existe sem o rio, pois desde os dois anos de idade seguia seu pai na atividade cotidiana da pesca. “Eu nasci na beira de uma baía, no rio Paraguai. Aqui passei quase toda minha vida, depois de jovem saí algumas vezes para tentar trabalhar na cidade, mas sempre voltei”, conta. Pescadora profissional há três anos, Marinalva sai de casa às três horas da manhã e volta no final da tarde para partilhar seu tempo no rio com a nova experiência de estudar. “É gostoso estar no colégio, aprendemos muitas coisas. Ainda tenho dificuldade de leitura, mas já consigo escrever”, comemora.
Assessoria de Comunicação do Instituto Federal de Mato Grosso
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