Mulheres Mil
O primeiro curso de formação profissional em assentamento de cerâmica e porcelanato oferecido pelo instituto aconteceu entre novembro de 2011 e agosto de 2012. As mulheres dessa edição do curso residem no bairro Brasil Novo e no assentamento Açaí, em Macapá. De acordo com a pró-reitora de extensão do instituto, Marialva Almeida, das cem vagas abertas, 69 mulheres concluíram a formação e, dessas, 66 estão trabalhando no acabamento de moradias do programa federal Minha Casa, Minha Vida.
Além de criar e desenvolver o curso com 240 horas, o instituto fez parceria com o governo do estado para buscar vagas para as novas trabalhadoras. A solução encontrada pelo estado, explica Marialva, foi a abertura de vagas na empresa que constrói moradias populares do Minha Casa, Minha Vida.
Mas o instituto precisou fazer mais: convencer as mulheres de que estavam habilitadas e que podiam ingressar naquele mercado. Das 69 trabalhadoras certificadas pelo instituto, 38 começaram trabalhar em fevereiro e março deste ano e outras 28 ingressaram depois. “O medo, reflexo de uma situação social e econômica precária, junto com a baixa escolaridade, paralisava essas mulheres”, diz a pró-reitora do instituto. Mas esse impasse foi vencido.
Na avaliação de Marialva, a articulação do instituto e o trabalho de convencimento das mulheres renderam não só uma condição social melhor para elas, como também elogios da empresa que assinou as carteiras de trabalho. Segundo o empreiteiro, as mulheres são detalhistas no acabamento das obras e assíduas no trabalho. Como a maioria das novas profissionais tem pouca escolaridade, a empreiteira mantém um curso de educação de jovens e adultos no canteiro de obras, por solicitação do instituto.
Mulheres Mil – O programa nacional Mulheres Mil é uma ação do governo federal dirigida a moradoras de comunidades com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) e integrantes de territórios da cidadania. Consiste na formação profissional e cidadã, articulada com a elevação da escolaridade e inserção no mercado de trabalho. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com as secretarias de Políticas para as Mulheres e de Direitos Humanos, a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).
Oficina – Dados da coordenação do programa indicam que desde 2007, quando a experiência chegou ao Brasil proveniente do Canadá, 17 mil mulheres receberam formação. A meta de 2013 é abrir 30 mil vagas nas 27 unidades da Federação. Para ampliar o acesso de mulheres ao programa, a Setec realiza em Brasília, até a próxima sexta-feira, 10, uma oficina de formação de gestores, e apresenta as diretrizes para a execução do Mulheres Mil na bolsa-formação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Participam das oficinas 230 gestores de 35 institutos e 105 campus.
Ionice Lorenzoni
Trabalhadoras são recrutadas por empresa que constrói casas
O primeiro curso de formação profissional em assentamento de cerâmica e porcelanato oferecido pelo instituto aconteceu entre novembro de 2011 e agosto de 2012. As mulheres dessa edição do curso residem no bairro Brasil Novo e no assentamento Açaí, em Macapá. De acordo com a pró-reitora de extensão do instituto, Marialva Almeida, das cem vagas abertas, 69 mulheres concluíram a formação e, dessas, 66 estão trabalhando no acabamento de moradias do programa federal Minha Casa, Minha Vida.
Além de criar e desenvolver o curso com 240 horas, o instituto fez parceria com o governo do estado para buscar vagas para as novas trabalhadoras. A solução encontrada pelo estado, explica Marialva, foi a abertura de vagas na empresa que constrói moradias populares do Minha Casa, Minha Vida.
Mas o instituto precisou fazer mais: convencer as mulheres de que estavam habilitadas e que podiam ingressar naquele mercado. Das 69 trabalhadoras certificadas pelo instituto, 38 começaram trabalhar em fevereiro e março deste ano e outras 28 ingressaram depois. “O medo, reflexo de uma situação social e econômica precária, junto com a baixa escolaridade, paralisava essas mulheres”, diz a pró-reitora do instituto. Mas esse impasse foi vencido.
Na avaliação de Marialva, a articulação do instituto e o trabalho de convencimento das mulheres renderam não só uma condição social melhor para elas, como também elogios da empresa que assinou as carteiras de trabalho. Segundo o empreiteiro, as mulheres são detalhistas no acabamento das obras e assíduas no trabalho. Como a maioria das novas profissionais tem pouca escolaridade, a empreiteira mantém um curso de educação de jovens e adultos no canteiro de obras, por solicitação do instituto.
Mulheres Mil – O programa nacional Mulheres Mil é uma ação do governo federal dirigida a moradoras de comunidades com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) e integrantes de territórios da cidadania. Consiste na formação profissional e cidadã, articulada com a elevação da escolaridade e inserção no mercado de trabalho. O programa é desenvolvido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com as secretarias de Políticas para as Mulheres e de Direitos Humanos, a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).
Oficina – Dados da coordenação do programa indicam que desde 2007, quando a experiência chegou ao Brasil proveniente do Canadá, 17 mil mulheres receberam formação. A meta de 2013 é abrir 30 mil vagas nas 27 unidades da Federação. Para ampliar o acesso de mulheres ao programa, a Setec realiza em Brasília, até a próxima sexta-feira, 10, uma oficina de formação de gestores, e apresenta as diretrizes para a execução do Mulheres Mil na bolsa-formação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Participam das oficinas 230 gestores de 35 institutos e 105 campus.
Ionice Lorenzoni