Projeto de irrigação estimula formação de tecnólogos em Minas
No norte de Minas Gerais desenvolve-se o maior projeto de irrigação da América Latina, o Jaíba. Já foram irrigados 26.790 hectares na região, o que gerou a maior produção de alimentos da região - 65.237 toneladas.
Em razão da grande importância do projeto, o Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Januária empenha-se para formar profissionais na área agrícola. Para tanto, oferece, desde 2002, o curso superior de tecnologia em irrigação e drenagem, criado para permitir ao país aproveitar racionalmente seus recursos hídricos.
O município de Januária fica no extremo norte de Minas, em plena Bacia do Rio São Francisco, em uma região essencialmente agropastoril, na qual predomina a seca. A deficiência de água no solo torna indispensável o uso da irrigação para garantir a produtividade. A irrigação é uma técnica de aplicação de água ao solo na quantidade e no momento adequados, de forma econômica, para criar condições favoráveis ao desenvolvimento de culturas agrícolas.
Meta - O curso tem o propósito de habilitar tecnólogos para que eles conheçam os desafios da gestão dos recursos ambientais, notadamente os hídricos. Segundo o coordenador do curso, o engenheiro agrícola Ednaldo Liberato de Oliveira, os profissionais formados estarão capacitados para redirecionar o aproveitamento destes recursos.
O curso tem hoje duas turmas. A primeira, de 35 alunos, está no primeiro semestre. Sob a orientação de seis professores, eles freqüentam as disciplinas introdução à irrigação e drenagem, matemática, química aplicada, física, informática e português. Na segunda turma, os 30 alunos estudam climatologia, solo, hidráulica-hidrométrica, metodologia científica, relação água-solo-planta e hidrologia.
Segundo parecer da comissão do Ministério da Educação que avaliou as condições de oferta do curso, a escola tem excelente estrutura na área de irrigação e mecanização agrícola. O laboratório de análise do solo, segundo a comissão, atende os produtores da região e abriga práticas de análises químicas e físicas básicas, de fundamental importância.
A escola conta ainda com uma estação meteorológica, por meio da qual é feita a coleta de dados climatológicos essenciais para as práticas de irrigação e drenagem.
Repórter: Ana Júlia Silva de Souza