EAF de Barbacena cria curso de tecnólogo em sistemas distribuídos
A Escola Agrotécnica Federal (EAF) de Barbacena (MG) vai realizar vestibular no segundo semestre deste ano para o inédito curso superior de tecnologia em desenvolvimento de sistemas distribuídos. O curso, da área de informática, foi autorizado pelo MEC e terá 30 vagas anuais no turno matutino.
Uma das metas da escola é dar chance aos professores para fazer cursos de pós-graduação, além de disponibilizar recursos para que portadores de deficiência visual e auditiva possam acompanhar o curso sem maiores dificuldades.
A supervisora da EAF, Valéria Bergamini, que participou da comissão de estudos para a implantação do curso, diz que a concepção do projeto pedagógico é formar especialistas em redes de computadores. Eles deverão ser aproveitados em empresas e organizações ligadas à internet ou em redes internas (intranet). Segundo Valéria Bergamini, a EAF é uma escola rural com núcleos de estudo das diversas áreas, distantes uns dos outros. Daí o interesse não só em interligar microcomputadores em rede como em capacitar recursos humanos.
O curso superior de tecnologia em desenvolvimento de sistemas distribuídos terá carga horária de 2.490 horas e poderá ser feito em, no mínimo, seis semestres e, no máximo, em dez. No final do curso, o aluno deverá saber projetar sistemas de software (utilizando ferramentas de apoio), desenvolver aplicações dinâmicas para ambientes web e coordenar e gerenciar projetos de software e sistemas de informação.
A comissão do MEC comprovou que os professores que desenvolvem as unidades curriculares do primeiro ano do curso reúnem condições técnicas e pedagógicas para ministrá-las. E que o coordenador do curso, Wender Magno Cota, tem experiência profissional e docente relevante. As práticas pedagógicas deverão estimular a construção de conhecimentos por meio da interdisciplinaridade. O curso permitirá uma certificação intermediária, a qualificação profissional em programação de computadores.
Planos - A informática dispõe, em sua infra-estrutura, de um laboratório com 18 computadores ligados em rede, para uso dos alunos. Já a infra-estrutura específica da área do curso tem três laboratórios de informática, com 25 computadores em rede.
Os alunos com necessidade visual terão acervo bibliográfico em fitas de áudio e material impresso em braille. Serão oferecidos softwares de ampliação de tela do computador, lupas e réguas de leitura. Já os alunos com deficiência auditiva poderão contar com intérpretes de línguas de sinais/língua portuguesa. Os professores serão orientados sobre a especificidade lingüística dos surdos.
Ana Júlia Silva de Souza