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Educação profissional e tecnológica

Alunos do Cefet de Pelotas mostram pesquisa na Globaltech

  • Sexta-feira, 20 de maio de 2005, 08h51
  • Última atualização em Sexta-feira, 11 de maio de 2007, 09h50

Estudantes do curso técnico em eletrônica do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) de Pelotas, Rio Grande do Sul, estão mostrando os resultados de suas pesquisas na Globaltech, feira de ciência e tecnologia que ocorre em Porto Alegre até domingo, dia 22. No estande do Ministério da Educação, eles exibem uma cadeira de rodas elétrica, um controlador externo de elevadores e uma marcadora de placas de circuito impresso.

A cadeira de rodas, com autonomia para levar uma pessoa de até 80 quilos, a sete quilômetros por hora, seria normal, não fossem dois detalhes: os sistemas de ponto zero e de corrente. O primeiro indica ao usuário o tempo de carga restante da bateria. O segundo limita a potência do sistema e o protege em caso de sobrecarga. “Não há, no mercado, equipamento com tanta tecnologia”, garante o professor Rafael Galli, idealizador do projeto. A cadeira ainda pode ser dobrada. Para isso, basta retirar as duas baterias. “Ela pode ser levada no porta-malas do carro, como uma cadeira comum”, disse o professor.

Rafael projetou o equipamento com o mecânico Hiraldo Bunde e os engenheiros Danilo Franchine, Carlos Bunde, Márcio dos Santos e Marlon Rabassa Porto. O protótipo custou R$ 15 mil, mas o professor pretende colocá-lo em linha de montagem e tornar seu preço final equivalente ao de um computador — de R$ 3 mil a R$ 4 mil. “Ela poderia ser enquadrada em uma linha de crédito e ter o preço financiado”, disse Rafael. Uma cadeira de rodas elétrica, de tecnologia nacional, sai por volta de R$ 5 mil a R$ 7 mil.

Circuito — O estudante Filipe Giusti montou uma marcadora de placas, ou plotter, com o colega Mateus Matias, no terceiro módulo do curso de eletrônica. O dispositivo traça gráficos ou desenhos por meio de canetas acopladas. Para o protótipo, Filipe e Mateus utilizaram três impressoras matriciais que encontraram fora de uso na escola. Delas, retiraram os carros, as correias e os motores.

O funcionamento é simples. De posse de um desenho em bitmap (bmp), um processador envia as informações para o circuito, que imprime o desenho na placa de cobre por meio de uma porta paralela de computador. O estudante estima em R$ 100,00 o custo do produto. No mercado, um similar importado está entre R$ 2 mil e R$ 3 mil. Daniel Garcia, da GPA Informática, utiliza as placas para produzir equipamentos eletrônicos em sua empresa, mas não as fabrica. Ele pretende estudar, com Filipe, a viabilidade de produzir o equipamento em sua empresa.

Elevatrô — Bruno de Oliveira levou para a Globaltech o Elevatrô, um controlador de elevadores com dispositivo externo visual. É um sistema de segurança, criado com o colega Guilherme Patzer, que permite enviar o elevador a um determinado andar e paralisá-lo se o peso exceder a carga máxima. A porta aberta em um andar ou a parada entre um patamar e outro também pode ser monitorada pelo porteiro do prédio por meio do sistema. Durante a feira, Bruno recebeu a visita de dois funcionários de empresas de elevadores interessados na tecnologia.

Os organizadores da Globaltech esperam receber, até domingo, entre 20 e 30 mil visitantes. Nos dez mil metros quadrados, os Cefets de Pelotas, Minas Gerais e Amazonas dividem espaço com 99 expositores de todo o país, dentre eles, institutos tecnológicos, universidades e entidades de fomento à pesquisa e à inovação.

Repórter: Rodrigo Farhat

 

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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