Projeto da UnB financiado pela Capes recebe prêmios nacionais
Incentivar a mobilidade docente e discente internacional entre os países e as instituições da Associação de Universidades de Língua Portuguesa (Aulp) e contribuir para a inclusão tecnológica e científica dos países participantes. Este é o objetivo do Programa Pró-Mobilidade Internacional Capes–Aulp, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação.
Um dos projetos que recebem recursos do programa, Cooperação para Pesquisa e Formação em Ciências Sociais em Timor Leste, da Universidade de Brasília (UnB), recebeu recentemente reconhecimento nacional, com o Prêmio Pierre Verger 2016, na categoria melhor filme etnográfico, com Pás ho Dame, do professor Daniel S. Simião; o Prêmio Heloísa Alberto Torres 2016, pelo artigo O Periódico Seara no Timor Português: Práticas de Mediação e Integração Institucional pela Imprensa Católica, de Alexandre Jorge M. Fernandes; e o Prêmio Martin Novion de melhor dissertação de graduação, com a monografia Transformações do Tais e Transformações pelos Tais. Entre Tecidos Tradicionais, Mulheres Leste-Timorenses e Conversas com Ofélia, de Andreza F. Carvalho.
Excelência — O reconhecimento pelas produções acadêmicas desenvolvidas com recursos do governo federal foi destacado pela diretora de relações internacionais da Capes, Concepta Margaret McManus Pimentel. “Além de ser um mérito dos pesquisadores, evidencia a excelência dos projetos financiados pela Capes”, disse. “Atualmente, executamos a continuidade dessa política, com 44 projetos de cooperação no âmbito da Aulp.”
Para a professora da UnB Kelly Silva, coordenadora do projeto no Timor Leste, os prêmios recebidos têm sido fundamentais para manter o entusiasmo e a dedicação de alunos e professores e dar continuidade às pesquisas e à formação de novos recursos humanos. Ela acredita que os filmes, livros, artigos e exposições fotográficas que divulgam o resultado das pesquisas desenvolvidas pela UnB naquele país contribuem para ampliar os horizontes da sociedade e do Estado. “Dessa forma, ele pode atuar de modo mais competente e responsável na construção de ações para cooperação internacional com o Timor Leste”, afirma.
Sobre os resultados práticos do projeto, Kelly diz que tem visto essa transformação na sala de aula. Segundo a professora, nos últimos dez anos, ela e o professor Daniel Simião, ambos de antropologia, formaram alunos mais bem informados sobre a história e as dinâmicas políticas do Sudeste Asiático e da Oceania, assim como a respeito das práticas coloniais portuguesas. “Isso pode ter um impacto interessante na dinamização da agenda de pesquisa em ciências sociais no Brasil, fazendo-nos menos provincianos”, conclui.
Assessoria de Comunicação Social