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Educação profissional e tecnológica

Barco escola: de novo em alto mar

  • Sexta-feira, 02 de março de 2007, 17h02
  • Última atualização em Quinta-feira, 24 de maio de 2007, 09h49

Participantes dos cursos são pescadores da região de Cabedelo (Foto: Divulgação - Cefet/PB)Após quatro anos longe do alto mar, será reinaugurado, na terça-feira, 6, o barco escola do Centro de Formação em Pesca e Cultura Marinha de Cabedelo, órgão ligado ao Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba (Cefet-PB).

O Kalifa, como é conhecido, foi doado ao Centro de Cabedelo em 2000 pela Fundação Apolônio Salles, de Pernambuco. O barco ficou sem condições de navegar após servir como sala de aula por mais de três anos. Agora, foi totalmente reformado e equipado e está pronto para receber os novos alunos do curso básico de pesca oceânica com espinhel pelágico monofilamento.

Reforma foi patrocinada pela Seap, órgão da Presidência da República (Foto: Divulgação - Cefet/PB)A Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), da Presidência da República, doou R$ 23 mil para a reforma. Com 9,5 metros de comprimento, o Kalifa é um barco pesqueiro didático. Nele serão ministradas as aulas práticas do curso, principal atrativo para os alunos. O curso tem 16 inscritos e todos são pescadores artesanais da região.

Espinhel ― É a tecnologia usada nas grandes embarcações e garante um aumento de até 20% no volume da produção pesqueira. O aparato é formado por uma linha comprida e grossa (a 'espinha') onde estão presas outras linhas, mais curtas e finas, com anzóis nas pontas. Nessas linhas, prendem-se ainda cápsulas luminosas. Com a claridade, iludem os peixes, dando a impressão de que as iscas ainda estão vivas. O espinhel pelágico monofilamento, utilizado no curso, difere do espinhel tradicional (multifilamento) apenas no tipo de material de confecção.

As aulas teóricas serão realizadas no Cefet-PB e as práticas a bordo do barco Kalifa. Cada aula prática levará quatro alunos e dois professores, após preparar o barco com os equipamentos necessários e alimentação. O barco sai ao meio-dia e, depois de cinco horas de navegação, atinge o final da plataforma continental, região apropriada para lançar o espinhel. O equipamento é recolhido na manhã do dia seguinte.

Demanda ― O Brasil, com uma costa de 7.367 quilômetros de extensão, não possui nenhum curso técnico de pesca oceânica. O Cefet-PB percebeu a demanda e pretende implantar o curso até 2008. O projeto pedagógico está pronto e prevê 1.200 horas de carga horária entre teorias e práticas. As aulas práticas serão ministradas em laboratórios e no barco escola.

“Queremos que o Cefet-PB sirva de modelo para as demais escolas técnicas localizadas no litoral brasileiro, com a implementação de cursos técnicos focados na área de pesca”, afirma o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Pacheco. Segundo o secretário, a utilização da costa brasileira nas atividades de pesca aumenta a geração de emprego e renda, ajudando a desenvolver a comunidade pesqueira.

A demanda local é o foco do Cefet-PB. O centro vai oferecer, a partir deste semestre, o curso básico de qualificação de marisqueiras, com quatro turmas de 40 alunos. O curso também é financiado pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca.

Sophia Gebrim

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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