Educação a distância
Para garantir um ensino de qualidade a distância, a Secretaria de Educação a Distância (Seed) do Ministério da Educação vem realizando a supervisão de instituições e polos que atuam na modalidade. As ações já promoveram melhorias na oferta e resultaram no descredenciamento de uma instituição.
Membro da equipe de avaliadores do MEC, o doutor em administração Marcos Tanure Sanabio diz que é fundamental estabelecer um padrão de qualidade para a educação a distância, uma modalidade considerada jovem. “É na supervisão que verificamos como os cursos estão sendo ministrados, avaliamos o projeto político-pedagógico, as práticas utilizadas pela instituição, o material didático e todos os fatores interessantes do ponto de vista da qualidade”, explica.
Entre eles estão a coerência formal entre as autorizações e credenciamentos com o projeto para a educação a distância e os dados atuais da oferta de cursos, atendimento ao aluno, especialmente a tutoria e metodologia de ensino, avaliação de desempenho do estudante, conteúdo ofertado, corpo docente, além de parcerias e convênios.
A supervisão é feita com uma equipe de 350 especialistas em educação que percorrem o país e avaliam os principais pontos das instituições e polos de apoio presencial. Entre os principais tópicos, eles analisam o processo pedagógico, os métodos de avaliação utilizados e a grade curricular. “Entrevistamos alunos, coordenadores de polos, visitamos as instituições e conhecemos seus métodos de trabalho”, diz Tanure.
Qualidade – O processo de supervisão começou pelas instituições com maior número de alunos em educação a distância. A Universidade Norte do Paraná (Unopar) foi a primeira. Na época, estava com 105 mil estudantes. Atualmente são 110 mil. Entre os problemas encontrados estavam a falta de infraestrutura, sistema de avaliação e material didático inadequados. Após diversas reuniões, a Unopar assinou com o Ministério da Educação um Termo de Saneamento de Deficiências, em 23 de novembro de 2008, em que se comprometeu a atender as exigências para cumprir com as normas previstas nos referenciais de qualidade para a modalidade.
De acordo com a pró-reitora de ensino a distância da Unopar, Elisa Maria de Assis, as ações previstas não apenas estão sendo cumpridas, como também garantiram um ensino de qualidade e referência. “Investimos mais no material didático impresso. Todo ele foi reformulado. Esse trabalho resultou na produção, em 2009, de quase 300 novos títulos para nossos alunos utilizarem”, afirma.
Além disso, a universidade mudou o método de avaliação do processo de ensino e aprendizagem, que agora é presencial e por disciplina. Antes era por módulos e o número de provas era menor. “O processo de supervisão é difícil, minucioso e exigente, mas baseado no diálogo e na cooperação”, garante a pró-reitora.
Irregularidades – Caso sejam encontradas irregularidades no processo de supervisão, é elaborada uma nota técnica que embasará as discussões entre MEC e instituições que ofertam educação a distância. Após isso, ocorrem reuniões para a construção de um Termo de Saneamento de Deficiências, assinado entre o MEC e a instituição. Nele, estão as obrigações dos dirigentes e mantenedores sobre as ações que devem ser realizadas para a regularização e melhoria da qualidade de cursos ofertados, no período de até um ano, após a constatação das deficiências.
Membro da equipe de avaliadores da Diretoria de Supervisão e Regulação da Seed, o mestre em filosofia da educação Artieres Estevão Romero acredita que o trabalho é importante para a qualificação da modalidade. “Somos uma força-tarefa auxiliar da Seed”, explica. “Identificamos muitos erros, mas também muitos acertos pelas instituições. As que não atendem as exigências perdem o credenciamento.” Romero acredita que, em pouco tempo, a supervisão tornará o sistema de educação a distância do Brasil referência para a América Latina e outros países.
Todas as instituições e polos credenciados para oferta de educação a distância são encontrados no sistema de consulta conhecido como Siead. Nele, a pesquisa por ser feita por região, estado, município ou pelo nome do estabelecimento de ensino. Na página também é encontrado o tipo de credenciamento da instituição e a legislação da educação a distância. Além disso, denúncias de má qualidade de oferta de cursos podem ser enviadas para o Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Rafania Almeida
Trabalho de supervisão garante qualidade de cursos e material
Para garantir um ensino de qualidade a distância, a Secretaria de Educação a Distância (Seed) do Ministério da Educação vem realizando a supervisão de instituições e polos que atuam na modalidade. As ações já promoveram melhorias na oferta e resultaram no descredenciamento de uma instituição.
Membro da equipe de avaliadores do MEC, o doutor em administração Marcos Tanure Sanabio diz que é fundamental estabelecer um padrão de qualidade para a educação a distância, uma modalidade considerada jovem. “É na supervisão que verificamos como os cursos estão sendo ministrados, avaliamos o projeto político-pedagógico, as práticas utilizadas pela instituição, o material didático e todos os fatores interessantes do ponto de vista da qualidade”, explica.
Entre eles estão a coerência formal entre as autorizações e credenciamentos com o projeto para a educação a distância e os dados atuais da oferta de cursos, atendimento ao aluno, especialmente a tutoria e metodologia de ensino, avaliação de desempenho do estudante, conteúdo ofertado, corpo docente, além de parcerias e convênios.
A supervisão é feita com uma equipe de 350 especialistas em educação que percorrem o país e avaliam os principais pontos das instituições e polos de apoio presencial. Entre os principais tópicos, eles analisam o processo pedagógico, os métodos de avaliação utilizados e a grade curricular. “Entrevistamos alunos, coordenadores de polos, visitamos as instituições e conhecemos seus métodos de trabalho”, diz Tanure.
Qualidade – O processo de supervisão começou pelas instituições com maior número de alunos em educação a distância. A Universidade Norte do Paraná (Unopar) foi a primeira. Na época, estava com 105 mil estudantes. Atualmente são 110 mil. Entre os problemas encontrados estavam a falta de infraestrutura, sistema de avaliação e material didático inadequados. Após diversas reuniões, a Unopar assinou com o Ministério da Educação um Termo de Saneamento de Deficiências, em 23 de novembro de 2008, em que se comprometeu a atender as exigências para cumprir com as normas previstas nos referenciais de qualidade para a modalidade.
De acordo com a pró-reitora de ensino a distância da Unopar, Elisa Maria de Assis, as ações previstas não apenas estão sendo cumpridas, como também garantiram um ensino de qualidade e referência. “Investimos mais no material didático impresso. Todo ele foi reformulado. Esse trabalho resultou na produção, em 2009, de quase 300 novos títulos para nossos alunos utilizarem”, afirma.
Além disso, a universidade mudou o método de avaliação do processo de ensino e aprendizagem, que agora é presencial e por disciplina. Antes era por módulos e o número de provas era menor. “O processo de supervisão é difícil, minucioso e exigente, mas baseado no diálogo e na cooperação”, garante a pró-reitora.
Irregularidades – Caso sejam encontradas irregularidades no processo de supervisão, é elaborada uma nota técnica que embasará as discussões entre MEC e instituições que ofertam educação a distância. Após isso, ocorrem reuniões para a construção de um Termo de Saneamento de Deficiências, assinado entre o MEC e a instituição. Nele, estão as obrigações dos dirigentes e mantenedores sobre as ações que devem ser realizadas para a regularização e melhoria da qualidade de cursos ofertados, no período de até um ano, após a constatação das deficiências.
Membro da equipe de avaliadores da Diretoria de Supervisão e Regulação da Seed, o mestre em filosofia da educação Artieres Estevão Romero acredita que o trabalho é importante para a qualificação da modalidade. “Somos uma força-tarefa auxiliar da Seed”, explica. “Identificamos muitos erros, mas também muitos acertos pelas instituições. As que não atendem as exigências perdem o credenciamento.” Romero acredita que, em pouco tempo, a supervisão tornará o sistema de educação a distância do Brasil referência para a América Latina e outros países.
Todas as instituições e polos credenciados para oferta de educação a distância são encontrados no sistema de consulta conhecido como Siead. Nele, a pesquisa por ser feita por região, estado, município ou pelo nome do estabelecimento de ensino. Na página também é encontrado o tipo de credenciamento da instituição e a legislação da educação a distância. Além disso, denúncias de má qualidade de oferta de cursos podem ser enviadas para o Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Rafania Almeida
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