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Educação a distância

Trabalho de supervisão garante qualidade de cursos e material

  • Quarta-feira, 25 de novembro de 2009, 18h32
  • Última atualização em Quarta-feira, 25 de novembro de 2009, 18h32
Escolher um curso a distância pode parecer fácil para quem acredita que só precisa de um computador para estudar. Mas ao optar por uma instituição de ensino, os estudantes devem ficar atentos para questões como material didático, docentes especializados e infraestrutura da instituição e do polo presencial.

Para garantir um ensino de qualidade a distância, a Secretaria de Educação a Distância (Seed) do Ministério da Educação vem realizando a supervisão de instituições e polos que atuam na modalidade. As ações já promoveram melhorias na oferta e resultaram no descredenciamento de uma instituição.

Membro da equipe de avaliadores do MEC, o doutor em administração Marcos Tanure Sanabio diz que é fundamental estabelecer um padrão de qualidade para a educação a distância, uma modalidade considerada jovem. “É na supervisão que verificamos como os cursos estão sendo ministrados, avaliamos o projeto político-pedagógico, as práticas utilizadas pela instituição, o material didático e todos os fatores interessantes do ponto de vista da qualidade”, explica.

Entre eles estão a coerência formal entre as autorizações e credenciamentos com o projeto para a educação a distância e os dados atuais da oferta de cursos, atendimento ao aluno, especialmente a tutoria e metodologia de ensino, avaliação de desempenho do estudante, conteúdo ofertado, corpo docente, além de parcerias e convênios.

A supervisão é feita com uma equipe de 350 especialistas em educação que percorrem o país e avaliam os principais pontos das instituições e polos de apoio presencial. Entre os principais tópicos, eles analisam o processo pedagógico, os métodos de avaliação utilizados e a grade curricular. “Entrevistamos alunos, coordenadores de polos, visitamos as instituições e conhecemos seus métodos de trabalho”, diz Tanure.

Qualidade – O processo de supervisão começou pelas instituições com maior número de alunos em educação a distância. A Universidade Norte do Paraná (Unopar) foi a primeira. Na época, estava com 105 mil estudantes. Atualmente são 110 mil. Entre os problemas encontrados estavam a falta de infraestrutura, sistema de avaliação e material didático inadequados. Após diversas reuniões, a Unopar assinou com o Ministério da Educação um Termo de Saneamento de Deficiências, em 23 de novembro de 2008, em que se comprometeu a atender as exigências para cumprir com as normas previstas nos referenciais de qualidade para a modalidade.

De acordo com a pró-reitora de ensino a distância da Unopar, Elisa Maria de Assis, as ações previstas não apenas estão sendo cumpridas, como também garantiram um ensino de qualidade e referência. “Investimos mais no material didático impresso. Todo ele foi reformulado. Esse trabalho resultou na produção, em 2009, de quase 300 novos títulos para nossos alunos utilizarem”, afirma.

Além disso, a universidade mudou o método de avaliação do processo de ensino e aprendizagem, que agora é presencial e por disciplina. Antes era por módulos e o número de provas era menor. “O processo de supervisão é difícil, minucioso e exigente, mas baseado no diálogo e na cooperação”, garante a pró-reitora.

Irregularidades – Caso sejam encontradas irregularidades no processo de supervisão, é elaborada uma nota técnica que embasará as discussões entre MEC e instituições que ofertam educação a distância. Após isso, ocorrem reuniões para a construção de um Termo de Saneamento de Deficiências, assinado entre o MEC e a instituição. Nele, estão as obrigações dos dirigentes e mantenedores sobre as ações que devem ser realizadas para a regularização e melhoria da qualidade de cursos ofertados, no período de até um ano, após a constatação das deficiências.

Membro da equipe de avaliadores da Diretoria de Supervisão e Regulação da Seed, o mestre em filosofia da educação Artieres Estevão Romero acredita que o trabalho é importante para a qualificação da modalidade. “Somos uma força-tarefa auxiliar da Seed”, explica. “Identificamos muitos erros, mas também muitos acertos pelas instituições. As que não atendem as exigências perdem o credenciamento.” Romero acredita que, em pouco tempo, a supervisão tornará o sistema de educação a distância do Brasil referência para a América Latina e outros países.

Todas as instituições e polos credenciados para oferta de educação a distância são encontrados no sistema de consulta conhecido como Siead. Nele, a pesquisa por ser feita por região, estado, município ou pelo nome do estabelecimento de ensino. Na página também é encontrado o tipo de credenciamento da instituição e a legislação da educação a distância. Além disso, denúncias de má qualidade de oferta de cursos podem ser enviadas para o Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Rafania Almeida
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