35 universidades federais aprovam o Reuni
A consolidação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e a expansão da Universidade Aberta do Brasil (UAB) vão permitir que as matrículas no ensino superior público federal cheguem a 1,5 milhão, em 2011.
Hoje há 60 mil matrículas na UAB e mais 500 mil nos cursos presenciais das universidades. A projeção é que a UAB chegue a 500 mil matrículas e as universidades alcancem a um milhão, ao final do período 2008 a 2011.
A ampliação, segundo o secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota, não interfere na qualidade dos cursos. “A qualidade é uma marca associada às federais e isso não vai mudar.”
Para atender à projeção de crescimento, as universidade receberão um acréscimo médio de 20% no orçamento. “Haverá aumento no investimento, no custeio e, na mesma proporção, crescimento em pessoal, ou seja, professores efetivos e técnicos administrativos.”
O Reuni é um compromisso que as universidades assumem com o Ministério da Educação. Cada uma das 35 instituições que já apresentaram planos de reestruturação estabeleceram prazos e metas. O repasse de recursos será proporcional ao cumprimento delas. “E as universidades só poderão cumprir as metas na medida em que recebem os recursos. Então, há um pacto de compromisso e fidelidade entre as partes”, explicou o secretário.
Mobilidade — Uma das diretrizes do Reuni propõe o incentivo à mobilidade acadêmica. Ronaldo Mota falou inclusive sobre o quanto seria positiva a criação de um sistema brasileiro de créditos, durante a coletiva de imprensa, realizada nesta terça-feira, 30. “Uma disciplina ministrada em uma federal deveria ser automaticamente reconhecida por outra universidade.”
O trânsito de alunos e professores entre as universidades federais deve aumentar com o Reuni. Um exemplo interessante, segundo o secretário, é o caso da Universidade de Integração Latino-Americana (Unila), que está sendo criada. “Metade do seu corpo docente será itinerante.” Professores dos quadros de outras universidades ministrarão cursos em algum período letivo.
A iniciativa é uma sugestão de modelo para as universidades. Elas terão total liberdade para escolher de que maneira pretendem ampliar o intercâmbio dentro da rede federal. O sistema deverá ser feito por meio de protocolos de aceitação de créditos entre as universidades. O papel do ministério, nesse caso, é estimular a transferência de créditos.
Assista ao vídeo da coletiva com o secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota.
Manoela Frade