Conferência Nacional de Educação
“Tiramos o educador do batidão do dia-a-dia para discutir onde queremos que a educação vá”, disse a secretária de educação do município de São Carlos, Lourdes Souza Moraes. Para ela, a realização da Conae oferece ao pequeno município e ao professor a oportunidade de participar de debates sobre grandes temas do ensino nacional, como a elaboração do Plano Nacional de Educação.
De acordo com o coordenador da Conae nacional e secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, Francisco das Chagas Fernandes, esta será a primeira edição da conferência nacional em que todos os envolvidos poderão participar. “Todos os níveis, etapas e modalidades da educação; redes privada e pública; os três entes federados e os quatro segmentos da educação — pais, estudantes, professores e gestores — serão ouvidos”, disse Chagas, na abertura do encontro paulista.
O organizador do encontro em São Paulo, José Adinan Ortolan, salienta que, pela primeira vez, todos estão em um mesmo patamar. “Cada um vale um voto e vai poder falar. Olhem ao lado de vocês: estão sentados o aluno, o secretário de educação, o faxineiro, o dirigente”, disse.
Na visão de Chagas, a participação democrática é fundamental para discutir a elaboração do sistema articulado de educação e do novo Plano Nacional de Educação (PNE), temas da Conae. “A educação precisa se afirmar como sistema articulado e precisamos discutir a elaboração do PNE porque o atual termina em 2011. Queremos ouvir da sociedade as propostas ao novo plano”, disse.
Delegados — Só em São Carlos, onde houve uma conferência intermunicipal, foram eleitos 70 delegados, representantes de 26 municípios, para participar da etapa paulista da Conae. Até domingo, os 2,7 mil delegados vão elaborar um documento-síntese das propostas para os rumos da educação no país.
“Espero que o documento realmente apresente os desejos dos profissionais da educação no estado”, afirmou a professora Zuleika Bispo, uma das delegadas eleitas por São Carlos. Para ela, um dos principais desafios da educação, hoje, é a motivação do professor. “Ninguém mais quer ser professor porque os salários são baixos e a sociedade não nos valoriza.” Na visão de Zuleika, a criação do piso salarial do magistério representa um passo importante para mudar essa realidade e estimular a atratividade pela carreira.
Para José Ortolan, além da melhoria da remuneração, todos os estados devem cumprir a lei do piso e respeitar a determinação de reservar um terço da carga horária do professor para o planejamento de aulas. “O professor precisa ter tempo para preparar as aulas. E isso só é possível com a ampliação da jornada”, defende.
Na etapa paulista da Conae, serão discutidas cerca de duas mil propostas para a educação, apresentadas nas conferências municipais, intermunicipais e escolares, que reuniram mais cem mil pessoas.
Maria Clara Machado
Palavras-chave: Conae, conferências preparatórias
Participação democrática marca encontro preparatório em SP
“Tiramos o educador do batidão do dia-a-dia para discutir onde queremos que a educação vá”, disse a secretária de educação do município de São Carlos, Lourdes Souza Moraes. Para ela, a realização da Conae oferece ao pequeno município e ao professor a oportunidade de participar de debates sobre grandes temas do ensino nacional, como a elaboração do Plano Nacional de Educação.
De acordo com o coordenador da Conae nacional e secretário-executivo adjunto do Ministério da Educação, Francisco das Chagas Fernandes, esta será a primeira edição da conferência nacional em que todos os envolvidos poderão participar. “Todos os níveis, etapas e modalidades da educação; redes privada e pública; os três entes federados e os quatro segmentos da educação — pais, estudantes, professores e gestores — serão ouvidos”, disse Chagas, na abertura do encontro paulista.
O organizador do encontro em São Paulo, José Adinan Ortolan, salienta que, pela primeira vez, todos estão em um mesmo patamar. “Cada um vale um voto e vai poder falar. Olhem ao lado de vocês: estão sentados o aluno, o secretário de educação, o faxineiro, o dirigente”, disse.
Na visão de Chagas, a participação democrática é fundamental para discutir a elaboração do sistema articulado de educação e do novo Plano Nacional de Educação (PNE), temas da Conae. “A educação precisa se afirmar como sistema articulado e precisamos discutir a elaboração do PNE porque o atual termina em 2011. Queremos ouvir da sociedade as propostas ao novo plano”, disse.
Delegados — Só em São Carlos, onde houve uma conferência intermunicipal, foram eleitos 70 delegados, representantes de 26 municípios, para participar da etapa paulista da Conae. Até domingo, os 2,7 mil delegados vão elaborar um documento-síntese das propostas para os rumos da educação no país.
“Espero que o documento realmente apresente os desejos dos profissionais da educação no estado”, afirmou a professora Zuleika Bispo, uma das delegadas eleitas por São Carlos. Para ela, um dos principais desafios da educação, hoje, é a motivação do professor. “Ninguém mais quer ser professor porque os salários são baixos e a sociedade não nos valoriza.” Na visão de Zuleika, a criação do piso salarial do magistério representa um passo importante para mudar essa realidade e estimular a atratividade pela carreira.
Para José Ortolan, além da melhoria da remuneração, todos os estados devem cumprir a lei do piso e respeitar a determinação de reservar um terço da carga horária do professor para o planejamento de aulas. “O professor precisa ter tempo para preparar as aulas. E isso só é possível com a ampliação da jornada”, defende.
Na etapa paulista da Conae, serão discutidas cerca de duas mil propostas para a educação, apresentadas nas conferências municipais, intermunicipais e escolares, que reuniram mais cem mil pessoas.
Maria Clara Machado
Palavras-chave: Conae, conferências preparatórias
Assunto(s):
Conae
,
conferências preparatórias