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Educação básica

Estudo de pesquisadora da Bahia aborda tecnologia em sala de aula

  • Quarta-feira, 13 de dezembro de 2017, 18h40
  • Última atualização em Quarta-feira, 13 de dezembro de 2017, 21h35

Como as novas tecnologias têm impactado a forma de ensinar? Essa foi a inquietação que motivou a professora Nice Santos a desenvolver sua dissertação de mestrado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). A partir do estudo, realizado com nove escolas públicas de ensino médio – uma em cada capital da região Nordeste –, ela pretende inspirar outras escolas a utilizarem ou intensificarem o uso dessas novas tecnologias.

Intitulado As políticas de informação digital adotadas nas escolas públicas do Nordeste, o estudo aponta que celulares e computadores portáteis são os meios mais utilizados pelos professores em sala de aula. Não há dificuldade no manuseio e o uso tem agregado valor ao aprendizado. Já os tablets são os aparelhos tecnológicos menos utilizados.

A professora entrou em contato com as secretarias de educação de todos os estados e do Distrito Federal para definir quais escolas entrariam na pesquisa. Após receber as respostas, aplicou o primeiro filtro: definiu que seriam apenas dos estados da região Nordeste, no intuito de viabilizar a pesquisa. No entanto, buscou escolas diferentes das sugeridas, já que, por serem aleatórias, aproximariam mais o estudo da realidade.

Nice centrou o estudo nos professores, por meio de entrevistas e visitas às escolas. A pesquisadora ressalta que o próprio uso da tecnologia em si exige conhecimento prévio por parte do docente. Também utilizou questionários respondidos por áreas técnicas do MEC e dados disponíveis no portal da pasta para complementar as informações.

“O professor tem que se preparar para esse menino que está na sala de aula e que não quer escrever mais e, sim, tirar uma foto do que o professor está colocando no quadro. Em vez de o aluno usar uma rede social, ele está pesquisando um assunto por meio do celular ou de outro dispositivo que ele tenha. Queremos dizer que essas experiências são possíveis”, defende a pesquisadora.

Destaque – Nice observou na pesquisa que duas escolas mereciam destaque: a Escola Estadual de Educação Profissional Jaime Alencar de Oliveira, em Fortaleza, e a Escola Técnica Estadual de João Pessoa Pastor João Pereira Gomes Filho, em João Pessoa. Segundo a pesquisadora, ambas instituições utilizam bem as novas tecnologias e têm conseguido alcançar bons resultados.

O diretor-geral da escola paraibana, Francio Xavier Santos Costa, explica que os laboratórios de informática da unidade são utilizados para aulas de inglês, espanhol e disciplinas das áreas técnicas, como marketing e técnicas de vendas on-line. Além disso, a rede wi-fi da escola é liberada para os estudantes. Isso faz com que a internet possa ser utilizada em qualquer aula, com atividades que podem ser desenvolvidas nos celulares dos próprios estudantes.

“As tecnologias digitais significam o futuro. Formar cidadãos que não estejam familiarizados com as novas tecnologias significa entregá-los à sociedade com uma carga de conhecimento defasada. Então, sempre que possível, é interessante trabalhar as novas tecnologias digitais com os alunos, mostrando a eles, inclusive, que se pode fazer muito mais com um simples celular do que apenas interagir nas redes sociais”, opina.

Assessoria de Comunicação Social

 

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