MEC apresenta programa das Escolas Cívico-militares a reservistas
Brasília foi a primeira de diversas cidades que vão receber a apresentação sobre o programa
Luciano Marques, do Portal MEC
O Ministério da Educação (MEC), em conjunto com o Ministério da Defesa, apresentou nesta quinta-feira, 24 de outubro, a militares da reserva que residem no Distrito Federal o Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares. Mais de 100 militares que não estão na ativa participaram do encontro.
O objetivo do MEC é que o país tenha 216 escolas cívico-militares até 2023. Os militares da reserva que tiverem interesse em participar do programa vão poder ser contratados e receberão trinta por cento da remuneração da aposentadoria.
Subsecretário de Fomento às Escolas Cívico-Militares do MEC, Aroldo Cursino lembrou aos presentes que eles poderão ser os primeiros a atuar em um projeto que promete mudar a educação básica no Brasil. “Nós sabemos que os integrantes das Forças Armadas têm sua credibilidade, pelos valores nos quais são formados. E isso vai ser importante no programa, quando a missão é melhorar a educação básica do Brasil por meio de um modelo”, destacou o subsecretário.
Os militares presentes receberam as instruções preliminares do papel deles dentro das escolas nos âmbitos educacional, administrativo e didático-pedagógico, embora cada um dos aprovados na fase de seleção tenha de passar por uma capacitação que será oferecida pelo MEC. Eles trabalharão como oficial de gestão e monitores, empenhados em melhorar o ambiente educativo, reduzir a violência, as faltas e a evasão escolar, além de colaborar no apoio pedagógico, na melhoria da infraestrutura, entre outros.
Os primeiros contatos com os militares que poderão trabalhar nas escolas estão sendo feitos agora e se estendem até novembro. O objetivo é que eles possam chegar já qualificados às escolas selecionadas no início do ano letivo de 2020. “O cronograma estabelecido vem sendo cumprido e a próxima fase é a divulgação dos municípios contemplados”, pontuou Marcos Aurélio Zeni, coordenador-geral de implantação do modelo de escolas cívico-militares, do MEC.
Ainda segundo Zeni, logo após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciar onde serão implantadas as escolas, o MEC parte para a fase de seleção dos militares inativos que se apresentarem para trabalhar no projeto. “Quando essa contratação for efetivada, todos eles partem para a capacitação. Vale lembrar que ela será feita com todos os envolvidos, ou seja, até mesmo com os secretários e profissionais de ensino das escolas selecionadas”, explicou.
A expectativa é de que a seleção se inicie logo após o anúncio dos municípios, programado para acontecer até 15 de novembro, e a capacitação e contratação ocorram até janeiro de 2020, já que a aplicação do novo modelo será feita no início do ano letivo, em fevereiro.
A reunião com os militares inativos das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) em Brasília foi a primeira. A apresentação também será realizada em outros estados, como parte da agenda dos ministérios, como explica o coronel Júlio Cezar Pontes, gerente da Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto (Sepesd), do MD. "A Sepesd é quem está organizando toda a situação de emprego e seleção de militares inativos que irão atuar nas escolas cívico-militares”.