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Educação superior

Censo revela que o acesso cresceu na década 2001-2010

  • Segunda-feira, 07 de novembro de 2011, 16h42
  • Última atualização em Quarta-feira, 04 de janeiro de 2012, 15h54
O Brasil tem 6,5 milhões de universitários, sendo 6,3 milhões em cursos de graduação e 173 mil na pós-graduação. O crescimento das matrículas em 2010 foi de 7,1% em relação ao ano de 2009, segundo dados preliminares do censo da educação superior divulgados nesta segunda-feira, 7. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a década 2001-2010 fecha mais do que dobrando o número de universitários no país.

“Talvez esta tenha sido a melhor década, do ponto de vista de acesso à educação superior, em todos os tempos, tanto em termos relativos como absolutos”, disse. Quando comparou o número de estudantes que concluíram cursos de graduação em 2001 com os resultados obtidos em 2010 – de 390 mil (2001) para 973,8 mil (2010), o ministro ressaltou que praticamente “nós triplicamos o número de pessoas formadas em nossas universidades”.

Esses estudantes estão matriculados em 29.507 cursos de graduação presenciais e a distância, distribuídos em 2.377 instituições de ensino superior públicas e privadas.

Equilíbrio – Os dados preliminares do censo da educação superior de 2010 também mostram que a distribuição regional na década ficou mais equilibrada. A região Nordeste, por exemplo, tinha 15% das matrículas em 2001 e alcançou 19%, em 2010; e a região Norte, que tinha 4,7% das matrículas, termina a década com 6,5%.

Na avaliação dos dados, o ministro Fernando Haddad destacou que a promessa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de dobrar o ingresso de estudantes nas universidades federais em seus oito anos de mandato (2003-2010) foi levemente superada. Em 2002, ingressaram em cursos de graduação nas universidades federais 148,8 mil alunos e, em 2010, esse número chegou a 302,3 mil.

O censo também mostrou que a educação presencial e a distância atende pessoas com perfis diferentes. A idade média dos alunos matriculados em cursos presenciais, por exemplo, é de 26 anos e na educação a distância, 33 anos. Segundo Haddad, a educação a distância cresce e atinge outro público que de outra forma talvez não tivesse acesso à educação superior.

Licenciaturas – O censo da educação superior registrou aumento de ingresso em cursos de licenciatura. Em 2010, um quinto das matrículas totais da graduação, incluindo cursos presenciais e a distância, está nas licenciaturas. Elas representam 21,1% do total de matrículas.

Haddad destacou que nas disciplinas onde há falta crônica de professores, o país teve, na década, uma expansão nas matrículas. Enquanto em 2001 havia 78 mil estudantes matriculados em cursos de biologia, em 2010 foram 160 mil; em física esse número passou de 18 mil (2001) para 42 mil (2010); em matemática, os matriculados passaram de 60 mil para 86 mil, e em química, de 26 mil para 53 mil.

Censo – A coleta de dados do censo da educação superior realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) é anual e compreende informações sobre as instituições de ensino superior, cursos de graduação presencial e a distância, cursos seqüenciais, vagas oferecidas, matrículas, número de estudantes ingressantes e concluintes. Traz, ainda, dados sobre os docentes - formação e titulação acadêmica, se atuam instituições públicas ou privadas, quantos são, entre outros dados.

Ionice Lorenzoni

Confira os principais resultados do Censo da Educação Superior 2010
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