UFMG integra rede de formação de professores
O Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMH), em convênio com o Ministério da Educação, está desenvolvendo programas e cursos de formação nas áreas da alfabetização e do ensino de idiomas. O Ceale é um dos 19 centros integrantes da Rede Nacional de Formação de Continuada de Professores, criada pelo MEC em 2004.
Outra iniciativa da instituição é a elaboração de materiais para processos de formação permanente e aprimoramento de práticas educativas. Para oferecer programas, cursos e materiais de formação, o centro tem firmado parcerias com associações, instituições de ensino superior, escolas e redes de ensino.
O coordenador do Ceale, Antônio Augusto Gomes Batista, destaca que a formação continuada é uma demanda dos próprios professores, confirmada em pesquisas nacionais, e que a rede tem um papel fundamental. "A criação da rede é muito importante. Pela primeira vez, estamos institucionalizando a formação continuada de professores, o que se refletirá na qualidade da educação nacional", afirmou.
Batista afirma que o centro está formalizando parcerias em Minas Gerais, no Paraná, em Rondônia e no Acre. "Estamos, agora, nos reunindo com 200 técnicos das 46 superintendências regionais de ensino. Pretendemos alcançar todo o estado com estratégias de formação continuada", disse.
A rede - A Rede Nacional de Formação Continuada de Professores de Educação Básica tem o propósito de qualificar o trabalho do docente e, assim, garantir uma aprendizagem efetiva e uma escola de qualidade para todos. É dirigida aos professores de educação básica, diretores de escolas, equipes gestoras e dirigentes dos sistemas públicos de educação.
A rede é composta por 19 universidades, em 14 estados. O investimento previsto é de R$ 40 milhões, em quatro anos, financiados pelo Plano Plurianual do MEC. Cada centro mantém uma equipe que coordena a elaboração dos programas de formação continuada nos sistemas estaduais e municipais de educação.
Durante os quatro anos, cada centro receberá R$ 500 mil por ano para estabelecer parcerias com instituições de ensino superior, organizações não-governamentais e empresas, de forma a criar redes capazes de cobrir todo o país na formação em cinco áreas do conhecimento - alfabetização e linguagem; educação matemática e científica; ensino de ciências humanas e sociais; artes e educação física; gestão e avaliação da educação.
Os sistemas estaduais de ensino devem analisar as necessidades de formação dos professores dos estados, elaborar um programa de formação continuada que atenda a essas necessidades e firmar convênio com um centro de pesquisa e desenvolvimento da educação para a realização do programa.
Os centros produzem material didático, elaboram cursos, programas de formação e materiais necessários à execução das atividades, desenvolvem tecnologias de gestão e firmam acordos de cooperação para ampliar o alcance dos programas.
José Leitão