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Educação superior

País precisa formar cinco mil especialistas em saúde

  • Quarta-feira, 27 de abril de 2005, 14h55
  • Última atualização em Quinta-feira, 10 de maio de 2007, 12h49

Um estudo do Ministério da Saúde, realizado em parceria com as universidades federais do Rio Grande do Sul (UFRGS), Pelotas (UFPel), Minas Gerais (UFMG), Bahia (UFBA) e Universidade de São Paulo (USP), apresentado nesta quarta-feira, 27, aos membros da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), mostra que o país tem um déficit de cerca de cinco mil especialistas em diferentes áreas e que essa carência é acentuada nas regiões Norte e Nordeste.

O trabalho indica que faltam médicos para trabalhar nas unidades de tratamento intensivo (UTI) em todos os estados das regiões Norte e Nordeste e em parte do Centro-Oeste. Nestes locais, informa a coordenadora-geral de ações estratégicas de educação em saúde, do Ministério da Saúde, Laura Feuerwerker, não há profissionais para atender às necessidades da população e nem programas de formação de residentes.

As regiões Norte e Centro-Oeste precisam também de anestesistas e, em todo o país, faltam psiquiatras e especialistas em saúde da família. O estudo do Ministério da Saúde revela, ainda, que há excesso de pediatras, porque os programas de residência médica continuam formando esses profissionais sem verificar que o número de nascimentos vem caindo nos últimos 20 anos.

Para o presidente da CNRM, Antônio Carlos Lopes, o estudo é uma contribuição importante e vai orientar a definição de programas de residência médica no Ministério da Educação. Antônio Carlos Lopes constituiu uma subcomissão para trabalhar a criação de residências a partir das carências apontadas no trabalho do Ministério da Saúde.

Aumento - Laura Feuerwerker destacou que a discrepância entre as necessidades de especialistas e a formação de residentes ocorreu porque nos últimos 15 anos "houve pouca conversa entre as áreas de saúde e educação, mas que isso hoje está mudando". Ela também informou que nos últimos dez anos os cursos de graduação em medicina passaram de 80 para 138, mas que a expansão dos programas de residência não acompanhou esse aumento, por isso o déficit de cerca de cinco mil especialistas. A CNRM é um órgão da Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) que define as políticas e orienta a formação de médicos residentes.

Repórter: Ionice Lorenzoni

 

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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