Tarso Genro entrega ao presidente proposta acadêmica para a Universidade Federal do ABC
O ministro da Educação, Tarso Genro, entrega ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, 16, às 12 horas, no Palácio do Planalto, a proposta acadêmica para a futura Universidade Federal do ABC (Ufabc), em Santo André (SP). A proposta cumpre a meta do governo federal de expansão do ensino público, gratuito e com qualidade. O projeto foi elaborado pela Comissão de Implantação da Universidade Federal do ABC, nomeada pelo secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Nelson Maculan, e é composta por especialistas e gestores educacionais e dirigentes do MEC.
Atualmente, o Projeto de Lei nº 3.962/04, encaminhado pelo presidente da República, em 2004, para a criação da universidade, está em tramitação no Senado após ter sido aprovado pelo Plenário da Câmara. “Ao mesmo tempo em que assume compromisso com o avanço da pesquisa e do conhecimento, a Universidade do ABC estará comprometida com a formação de indivíduos capazes de compreender a sociedade em que vivem, respeitar os princípios éticos e contribuir para a solução dos problemas sociais do país”, define Maculan.
Missão – A universidade nasce com a missão de formar profissionais de elevada qualificação em áreas estratégicas para o desenvolvimento nacional. Para executar essa tarefa, o projeto de implantação pretende alcançar, em longo prazo, uma estrutura composta de 600 professores e 1.000 monitores bolsistas nos programas de pós-graduação. Quando estiver funcionando, a instituição pretende contar com cerca de 20 mil alunos em cursos de graduação, 2.500 em mestrado e 1.000 em programas de doutorado.
O núcleo fundamental da constituição acadêmica se assenta nas ciências naturais, na matemática e na tecnologia e também conta com setores de humanidades e ciências sociais com o objetivo de complementar a formação dos seus estudantes.
Expansão – Desde o ano passado, o governo federal voltou a investir na expansão de vagas públicas e gratuitas, com a criação de novas universidades e extensões, levando o ensino superior para regiões do interior do país. As novas instituições serão responsáveis pela criação de 40 mil novas matrículas nos cursos de graduação, mestrado, doutorado e extensão.
Começaram também a ser implantadas as universidades federais do Recôncavo Baiano e Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul (MS), e os campi da Universidade Federal do Acre (UFAC), em Cruzeiro do Sul, Bragança, Castanhal, Santarém e Marabá (UFPA), de Caruaru (UFPE), de Garanhuns (UFRPE), de Vitória da Conquista (UFBA), de Planaltina (UnB), de Volta Redonda (UFF), de Nova Iguaçu (UFRRJ), da Baixada Santista (Unifesp), de Sorocaba (UFSCar), e do litoral do Paraná (UFPR).
Repórter: Cristiano Bastos