Primeira edição da Anasem, baixa abstenção no Enade e inscrições no Revalida são destaques
O ano de 2016 ficará marcado pela primeira edição da Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem). As provas, sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação, foram aplicadas em 9 de novembro último a mais de 23 mil estudantes do segundo ano do curso de medicina. Em 2018, a avaliação começa a ser aplicada também a alunos do quarto ano. Em 2020, será a vez dos que estarão no sexto ano.
A avaliação atende a exigência da Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013, que instituiu o programa Mais Médicos. O objetivo é avaliar os estudantes por meio de instrumentos e métodos que considerem os conhecimentos, as habilidades e as atitudes previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina, de 2014.
A participação na Anasem é obrigatória, pois a regularidade na avaliação é atestada no histórico escolar. Os resultados não são divulgados. Os participantes recebem o resultado do próprio desempenho e o total dos estudantes de sua série para fazer a autoavaliação. Em cada instituição de ensino, o coordenador de curso recebe o resultado dos estudantes, com discriminação por série, competência e conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados na matriz de competência, além das médias da região e nacional.
Enade — O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2016 registrou a menor taxa de abstenção de uma série histórica para o primeiro ciclo avaliativo, que compreende as áreas de saúde, ciências agrárias e áreas afins. Às provas, realizadas em 20 de novembro, compareceram 90,7% dos inscritos — no total, 195.859 concluintes de cursos de graduação de 18 áreas.
Em 2016, participaram os estudantes de agronomia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, serviço social e zootecnia. Também foram avaliados os concluintes de cursos de tecnólogos nas áreas de agronegócio, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar e radiologia.
A edição também teve novidades, como provas personalizadas, folhas de respostas encartadas e distribuição nominal dos cadernos de provas. A participação no exame é obrigatória, registrada no histórico escolar. O objetivo é avaliar o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas em sua formação.
Revalida — O Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) de 2016 registrou 6.521 inscrições — crescimento de 63% em relação à edição de 2015, quando participaram 3.993 médicos. Depois das provas objetivas realizadas em 11 de setembro, 2.304 participantes foram aprovados para participar das provas de habilidades clínicas, nos dias 3 e 4 últimos. A divulgação do resultado final está prevista para o final de janeiro de 2017.
Para atuar como médico no Brasil, o profissional formado em instituições de educação superior estrangeiras precisa revalidar o diploma. O Revalida foi criado para simplificar o processo.
Indicadores — Os processos de cálculo e divulgação dos indicadores de qualidade da educação superior foram alterados, e as mudanças vão se refletir na edição em curso. A Portaria Normativa do MEC nº 23/2016, publicada no dia 21 último no Diário Oficial da União, estabeleceu novos critérios para os indicadores, calculados pelo Inep.
Assessoria de Comunicação Social do Inep
Confira:
• Lei nº 12.871, de 22 de outubro de 2013
• Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Medicina