Portal do Governo Brasileiro
Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Todas as notícias > MEC intermediará negociação do plano de carreira dos funcionários das Ifes
Início do conteúdo da página
Educação superior

Quase metade dos participantes do Enade 2018 tinha financiamento público

  • Sexta-feira, 04 de outubro de 2019, 11h51
  • Última atualização em Terça-feira, 05 de novembro de 2019, 21h54

Exame, aplicado para cerca de meio milhão de pessoas, avaliou mais de 8,8 mil cursos superiores

O ministro da Educação, Abraham Weintraub (centro), em coletiva de imprensa sobre o Enade 2018. Foto: Luciano Freire/MEC.


Dyelle Menezes, do Portal MEC

O governo federal auxiliou financeiramente 46% dos cerca de meio milhão de estudantes que realizaram o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de 2018. São alunos que cursaram o ensino superior por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e do Programa Universidade para Todos (ProUni), por exemplo. O dado faz parte do balanço feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela aplicação do exame, em conjunto com o Ministério da Educação.

Durante coletiva de imprensa para detalhar as informações do balanço nesta sexta-feira, 4 de outubro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou que o percentual mostra o dinheiro do cidadão sendo aplicado na educação de jovens brasileiros. “O pagador de imposto está ajudando estudantes a concluírem o curso de graduação. O jovem que não tem recursos encontra no financiamento público um mecanismo para cursar o ensino superior”, afirmou o ministro.

Na edição de 2018 do Enade, 8.821 cursos foram avaliados de um total de 1.791 instituições de educação superior públicas (227) e privadas (1.564), nas modalidades presencial e a distância. A análise focou nos cursos de bacharelado em:

  • Administração;
  • Administração pública;
  • Ciências contábeis;
  • Ciências econômicas;
  • Comunicação social – Jornalismo / Publicidade e Propaganda;
  • Design;
  • Direito;
  • Psicologia;
  • Relações internacionais;
  • Secretariado executivo;
  • Serviço social;
  • Teologia;
  • Turismo.

Também foram avaliados os cursos tecnólogos nas áreas de:

  • Comércio exterior;
  • Design gráfico, de interiores e de moda;
  • Gastronomia;
  • Gestão comercial, financeira, da qualidade, de recursos humanos e gestão pública;
  • Logística;
  • Marketing;
  • Processos gerenciais.

O levantamento apresenta, ainda, o perfil socioeconômico dos participantes e os resultados de indicadores de qualidade da educação superior: o Conceito Enade e o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). O primeiro, que avalia os cursos por intermédio dos desempenhos dos estudantes, mostra que não houve diferenças significativas de resultados entre os cursos das modalidades presencial e a distância.

Para Weintraub, os resultados demonstram que, nos cursos avaliados, não há queda na qualidade da educação recebida por estudantes do ensino superior a distância, uma preocupação em relação à modalidade. “Os números nos dão tranquilidade para seguir na intensificação do ensino a distância no Brasil. [...] Não vamos fugir dessa modalidade, que é mais eficiente do ponto de vista econômico e de organização do tempo dedicado aos estudos”, afirmou o ministro.

O IDD, por sua vez, mensura o valor agregado pelo curso de graduação ao desenvolvimento do estudante com base nos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Enade. Nesse caso, 21% dos cursos presenciais e 10% a distância tiveram conhecimentos agregados para além do projetado.

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, afirmou que o exame é importante para refletir sobre a qualidade do ensino superior no Brasil e que o Inep quer incentivar estudantes a realizarem a prova. “Nós estamos trabalhando para melhorar o Enade no sentido de criar uma política de incentivo para os estudantes realizarem o exame. O objetivo é que as notas atingidas possam ser utilizadas em currículos e façam diferença na busca por emprego, por exemplo”, afirmou.

A coordenadora-geral de Controle da Qualidade da Educação Superior do Inep, Fernanda Marsaro, também participou da coletiva.

Enade – Aplicado desde 2004, o Enade avalia o desempenho dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos propostos e às habilidades e competências desenvolvidas pelo estudante durante sua formação. O exame é obrigatório nesse caso. Quem não realizar a prova e não responder o chamado “Questionário do Estudante” fica impedido de colar grau.

Resultados – O levantamento na íntegra está disponível no portal do Inep em Relatórios Síntese de Área e Relatórios de Curso e de Instituição de Ensino Superior. Já o Boletim do Estudante está liberado no Sistema Enade, com acesso restrito ao participante.

04/10/2019 - Coletiva de Imprensa sobre Apresentação de Resultados do ENADE 2018

Assunto(s): Enade , educação superior , Inep
X
Fim do conteúdo da página