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Programa Afro-atitude abre oportunidades para cotistas

  • Quarta-feira, 06 de abril de 2005, 10h15
  • Última atualização em Segunda-feira, 28 de maio de 2007, 07h57

A Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC) pretende beneficiar 500 alunos negros, cotistas, de dez universidades, com a oferta de bolsas de estudos por meio do Programa Integrado de Ações Afirmativas para Negros (Brasil Afro-atitude). O objetivo é oferecer oportunidades de participação dos estudantes negros em projetos de pesquisa, extensão e monitoria desenvolvidos por professores e estudantes das universidades participantes.

São parceiros do MEC no Brasil Afro-atitude o Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde; a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), ambas da Presidência da República.

Segundo Karen Bruck, técnica responsável pelo Brasil Afro-atitude no Ministério da Saúde, o programa está aberto a parcerias e a novas temáticas para as pesquisas dos alunos participantes. "Nosso objetivo principal com a concessão das bolsas de estudos é contribuir para a manutenção dos alunos negros cotistas em seus cursos e possibilitar a contrapartida com a realização de pesquisas básicas de interesse dos parceiros do programa", destacou.

Karen observa que a discussão do racismo e a vulnerabilidade social aos riscos de epidemias estão na pauta do Ministério da Saúde e do Programa DST/Aids. Ela destaca, ainda, que não há dados suficientes coletados e que a realização das pesquisas pelos alunos bolsistas sobre a temática subsidiará ações do Ministério da Saúde e dos parceiros do programa. "No final de um ano, teremos os resultados das pesquisas realizadas pelos bolsistas e novas ações poderão ser iniciadas a partir desses dados", afirmou.

Inclusão - O professor Mário Ângelo Silva, do Programa de Pós-Graduação em Política Social da Universidade de Brasília, explica que o Brasil Afro-atitude faz parte de um programa de ações afirmativas para a inclusão e permanência de afrodescendentes no ensino superior. "Temos certeza de que essas ações mudarão a feição de nossas universidades", salientou. "Vários projetos de extensão e pesquisa serão beneficiados pelas bolsas de estudos dirigidas aos alunos cotistas. Estamos trabalhando para agregar novos parceiros e mais recursos para ampliar os efeitos sociais e pedagógicos do programa."

Augusto Rodrigues de Lima, aluno cotista da UnB, desenvolve a pesquisa Estudos Comparados entre Adolescentes do Brasil e Moçambique. Ele considera importante a participação no Brasil Afro-atitude pela oportunidade de fazer a pesquisa junto à comunidade de Santa Maria, cidade do Distrito Federal. "Considerando o baixo índice de representação de afrodescendentes na universidade brasileira, o programa ajudará alunos de baixa renda e permitirá a retribuição social com as pesquisas realizadas", disse.

Para Débora Silva Santos, consultora de ações afirmativas do Ministério da Educação, o Brasil Afro-atitude é exemplo de iniciativa de inclusão educativa. O programa, segundo ela, contribui para a permanência dos alunos cotistas nas universidades parceiras e permite aos estudantes a atuação em projetos de pesquisas sociais. "Estamos tentando ampliar sua abrangência e seus efeitos sociopedagógicos", disse.

Repórter: José Leitão

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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