Programa Escola que Protege é avaliado em Fortaleza
O Ministério da Educação começou a avaliar hoje, 26, em Fortaleza(CE), o projeto-piloto Escola que Protege, criado pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e desenvolvido pela ONG Hartor. O objetivo da experiência é identificar crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual e capacitar diretores e professores de escolas públicas para reconhecer esses sinais.
Esta etapa de avaliação do projeto está sendo feita pelo coordenador de Ações Educacionais Complementares da Secad, Leandro Fialho. Ele já verificou o andamento do programa em Belém (PA) e amanhã, 27, estará em Recife (PE) para completar a série de visitas às três cidades que fazem parte da experiência-piloto.
De acordo com Leandro Fialho, estas capitais foram escolhidas para iniciar o projeto porque apresentam altos índices de exploração sexual de crianças e adolescentes provocados pelo turismo sexual e, em Belém, a situação é agravada pelas atividades portuárias que são indutoras desse tipo de atividade.
Estrutura - A Escola que Protege é estruturada em três partes que se comunicam entre si: um centro de acolhimento com capacidade para receber até 160 crianças ou adolescentes; uma escola capaz de atender até 120 pais; e um centro para a formação de 200 professores. Ali eles receberão informações sobre direitos humanos, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Guia Escolar, um manual feito pelo MEC e pela Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República. É essa estrutura que está em funcionamento em Belém, Recife e Fortaleza.
Dados divulgados hoje pela SEDH indicam que há exploração sexual em 937 cidades brasileiras. Destas, 298 estão na região Nordeste. Só em Pernambuco, informa a secretaria, 70 municípios estão neste roteiro.
Ionice Lorenzoni