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Formação/valorização de profissionais da educação

Ministro quer prioridade para a formação de professores

  • Sexta-feira, 20 de outubro de 2006, 13h52
  • Última atualização em Terça-feira, 22 de maio de 2007, 10h31

Foto: Wanderley PessoaRio de Janeiro — O ministro da Educação, Fernando Haddad, começou uma palestra nesta sexta-feira, 20, no teatro da Universidade Cândido Mendes, na cidade do Rio de Janeiro, afirmando que “falar em educação superior é falar em identidade nacional”. Cerca de 300 estudantes e todos os reitores do estado ouviram as idéias de Haddad sobre os rumos do ensino superior no Brasil.

Fernando Haddad explicou que a política educacional do governo federal é baseada em quatro eixos e três instrumentos: o eixo da educação continuada; o eixo da educação profissional; o da educação básica; e o da educação superior; e os instrumentos do financiamento, da avaliação e da formação de professores. “Devemos ter atenção exclusiva na formação de professores. Os instrumentos do financiamento e da avaliação dependem da vontade política, enquanto que a formação de mestres depende de mobilização social. O resgate da figura do professor significa valorizar o motor da transformação da realidade nacional”, explicou o ministro.

Haddad abordou a recuperação do salário-educação, que passou de R$ 3,8 bilhões em 2002 para R$ 7,5 bilhões em 2006. “E tramita no Congresso Nacional a proposta de emenda constitucional que cria o Fundeb (Fundo de Educação Básica) e aporta mais R$ 5 bilhões para a educação básica. E temos que atingir a marca de 5% do PIB investidos só na educação básica. Quanto mais se investe em educação, mais se aumenta o PIB”, disse. O ministro abordou a política de avaliação das escolas públicas feita de forma individual, por estabelecimento. “Precisávamos saber onde a coisa ia mal e onde ia bem. Identificar as boas práticas e avaliar o sistema como um todo. É preciso avaliar a mudança que representa o Sinaes (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior), que permite o diálogo entre a avaliação e homologação. Além disso, por meio do Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) é possível medir-se o valor agregado da educação”, garantiu.

Formação – Em sua palestra, Haddad enfatizou que não pode existir oposição entre a educação básica e a educação superior: “Uma depende da outra”. O ministro lembrou que o governo federal passou para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a tarefa de criar um sistema de formação de professores em nível superior. E, com a Universidade Aberta, anunciou a implantação de 700 pólos voltados para a reciclagem de professores do ensino básico. “Devemos ter a formação de professores como obsessão. Não basta discutir só a questão salarial. Em uma pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação, a principal reivindicação da categoria era relacionada à formação. Apenas no segundo item apareceu a questão da remuneração”, contou.

Haddad lembrou do compromisso de traduzir a ciência de ponta brasileira em tecnologia. “O Brasil produz 1,8% da produção científica mundial e registra só 0,5% das patentes. É preciso aproximar o trabalho científico da universidade”, disse. Ele acrescentou que, no pacote anunciado no Dia do Professor, o governo encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei que permite aos institutos de pesquisa de ensino superior buscar recursos na iniciativa privada. No final da visita ao Rio, Fernando Haddad conheceu as novas instalações da unidade do Colégio Pedro II em Realengo.

Repórter: Nunzio Briguglio

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