Bolsista brasileiro cria e vende uma empresa de biotecnologia
Durante os quatro anos que passou na Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, como bolsista de doutorado pleno da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o pesquisador Leonardo Maestri Teixeira fundou uma empresa de biotecnologia. O projeto deu origem à GeneWeave Biosciences, que acaba de ser vendida a uma multinacional suíça com atuação no Brasil.
A empresa, voltada para o desenvolvimento de um conjunto de rápido diagnóstico bacteriano e de susceptibilidade antimicrobiana, iniciou as atividades durante o segundo ano de doutorado de Leonardo. “Buscamos uma solução para a erradicação da tuberculose, focando no diagnóstico”, diz o pesquisador. “Daí surgiu o conceito da tecnologia, que posteriormente patenteamos, e aprovamos um projeto para o desenvolvimento da prova de conceito da ideia.”
De acordo com Leonardo, empresas de base tecnológica normalmente têm como objetivo ser vendidas, ou fazer uma oferta pública de ações. “Nosso objetivo é realmente ver o produto em todos os hospitais, salvando milhares de vidas por ano, já que essa foi a proposta inicial”, ressalta. O valor da aquisição não é integralmente recebido por Leonardo e seus sócios. “Os investidores ficam com a maior parte do retorno da venda, o que é normal, já que o risco de capital é todo deles”, afirma.
Leonardo fez curso de doutorado de 2004 a 2008, no Departamento de Microbiologia da Universidade de Cornell, no estado de Nova York. “Tínhamos mais de 30 pesquisadores, das mais diversas áreas, trabalhando em conjunto”, afirma. “Fiz a tese de doutorado em nanobiotecnologia, trabalhando com engenharia e uso de proteínas de superfície de bactérias como moldes em nanofabricação.”
O apoio da Capes e de agências de fomento brasileiras acompanham a trajetória de Leonardo. “Sem o apoio da Capes não teria feito o que fiz”, destaca.
Assessoria de Comunicação Social, com informações da Capes