Brasil propõe criação de selo para o Mercosul
O Brasil quer lançar o selo Mercosul Educacional em projetos de cunho nacional, bi e trilateral na área da educação. A proposta foi apresentada durante a 56ª Reunião do Comitê Coordenador Regional do Setor Educacional do bloco, no fim do mês de abril. Segundo o chefe da delegação brasileira, Alessandro Candeas, da Assessoria Internacional do Ministério da Educação, o selo proporcionaria maior visibilidade às iniciativas de projetos do bloco, como o brasileiro-argentino Escolas de Fronteira, além de facilitar a obtenção de fontes de financiamento.
Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile, Venezuela, Equador e Colômbia reuniram-se para discutir temas de interesse comum aos países que compõem o Mercosul, como a construção de um Espaço Comum de Educação Superior da América Latina-Caribe-União Européia (Alcue); programa de ação para a educação básica nos próximos cinco anos; mobilidade acadêmica no âmbito da educação superior; e outros tópicos notadamente direcionados à ampliação da agenda do setor educacional.
Proposta – O Brasil fez circular uma proposta para a realização da quinta edição do Seminário de Atualização Docente para o Ensino de Espanhol e Português como Línguas Estrangeiras, que ocorrerá entre 23 e 25 de agosto, em Curitiba. Além disso, o país prepara-se para sediar a terceira edição do Fórum Educacional do Mercosul, que será realizado em Belo Horizonte, no mês de novembro.
Alessandro Candeas solicitou à Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) a vinculação das cotas nacionais pagas pelos estados-membros ao desenvolvimento de projetos regionais. Ele defendeu, também, que o país beneficiado pelos mecanismos de conversão do serviço da dívida possa incluir, na lista de projetos educacionais para financiamento, projetos regionais que envolvam capacitação e cooperação para formulação de políticas públicas oferecidas pelos países vizinhos, como o Brasil.
Repórter: Lívia Jappe