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Universidade integrará Brasil e África

  • Quinta-feira, 24 de julho de 2008, 11h57
  • Última atualização em Segunda-feira, 28 de julho de 2008, 10h24

A apresentação do esboço da Universidade Luso-Afro-Brasileira (Unilab), que terá sede em Redenção (CE), município a 66 quilômetros de Fortaleza, é um dos temas da 7ª Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que será realizada em Lisboa, Portugal, na próxima sexta-feira, 25. O ministro da Educação, Fernando Haddad, que integra a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa também das discussões sobre a implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

O projeto de lei que cria a Unilab, hoje em análise no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, define que a instituição terá um idioma comum – a língua portuguesa –, os cursos serão ministrados em parte presencial e a distância, a prioridade será para cursos de formação de professores, e 50% das vagas serão destinadas a estudantes de países da África.

De acordo com Leonardo Rosa, chefe da Assessoria Internacional do Ministério da Educação, o projeto político-pedagógico da universidade dará ênfase aos temas da integração. O primeiro vestibular, explica, está previsto para o segundo semestre de 2009, mas para existir a instituição ainda precisa da aprovação da Casa Civil e do Congresso Nacional.

O secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota, observa que a nova universidade levará em conta as carreiras pelas quais os países africanos têm maior interesse, como as licenciaturas em ciências da saúde, física, biologia e as áreas de tecnologia, engenharia, administração e agronomia.

A universidade, diz Mota, além de ser inovadora do ponto de vista acadêmico, atenderá algumas peculiaridades. Entre as diferenças, ele destaca o estímulo ao regresso dos estudantes estrangeiros aos seus países de origem. Para facilitar essa tarefa, os alunos vão fazer uma parte dos cursos no Brasil e outra em pólos de educação a distância, que serão montados em cada país africano da comunidade.

O encontro de chefes de estado e de governo da CPLP discutirá também o cronograma de implantação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa já ratificado por Brasil, Cabo Verde, Portugal e São Tomé e Príncipe. No Brasil, informa Leonardo Rosa, o MEC prepara um decreto que será discutido com os ministérios da Cultura e das Relações Exteriores. O decreto relaciona as providências que devem ser tomadas para que o acordo entre em vigor.

Integram a CPLP oito países: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Ionice Lorenzoni

Assunto(s): mec , notícias , jonalismo , matérias
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