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Jovens e adultos

Salas de acolhimento garantem permanência de pais nos cursos

  • Quinta-feira, 31 de dezembro de 2015, 12h18
  • Última atualização em Quinta-feira, 31 de dezembro de 2015, 12h18

No país, cerca de 86,7 mil crianças usam as salas de acolhimento, criadas para apoiar estudantes do Projovem que têm filhos na faixa etária até oito anos (foto: divulgação)Sem as salas de acolhimento do Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Urbano e Projovem Campo), praticamente metade dos 125 mil alunos matriculados na edição 2014/2015 estaria fora dos cursos que visam à conclusão do ensino fundamental. Levantamento feito pela Diretoria de Políticas de Educação para a Juventude do Ministério da Educação aponta que cerca de 86,7 mil crianças usam o equipamento, criado para apoiar os estudantes do Projovem que têm filhos na faixa etária até oito anos.

Na edição atual, são 61,2 mil estudantes com filhos. “Dificilmente, esses pais e mães teriam como permanecer no curso, até a sua conclusão e certificação, sem as salas de acolhimento”, assegura a diretora de políticas de educação para a juventude, Cláudia Veloso. A estratégia implementada pelo MEC a partir de 2012 para o Projovem Urbano e, em 2014, para o Projovem Campo Saberes da Terra atende a uma demanda dos jovens que queriam retomar seus estudos, mas não tinham com quem deixar os filhos.

Essa foi a situação enfrentada por José Cláudio Carneiro da Silva e sua mulher, Edna Medeiros, que frequentam o curso do Projovem Urbano em João Pessoa. Abordado por uma técnica com a proposta de que voltasse a estudar, ele disse que não tinha com quem deixar as duas filhas, uma de quatro anos e a outra com pouco mais de um ano. Soube então que as crianças poderiam ficar em uma sala, adaptada à idade das filhas, na mesma escola, durante o horário das aulas.

Tanto José Cláudio quanto Edna retornaram aos estudos. E ele já pensa em cursar faculdade na área de computação. “O ambiente é espaçoso, e elas são bem atendidas”, observa. Ele acrescenta que, sem a sala de atendimento, nem ele nem a mulher poderiam frequentar o curso.

Cláudio trabalha como ajudante em uma loja de informática; Edna, em serviços gerais. “Pretendo continuar os estudos e até fazer faculdade porque a área em que trabalho hoje exige um grau de estudo que não tenho”, afirma o paraibano. À frequência à escola, José Cláudio alia um curso básico de informática. Ele diz que seu foco é a área de computação.

Permanência – Estudo da diretoria de políticas de educação para a juventude, ligada à Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, mostra que as salas são fundamentais para a permanência dos jovens até a conclusão do curso. Mas o impacto vai além da frequência escolar. É positivo também nas relações das crianças em suas escolas, em alguns casos com melhoria de desempenho, e na socialização com colegas e professores. Entre 2012 e 2014, as salas acolheram, aproximadamente, 100 mil crianças, envolvendo cerca de 2,4 mil educadores.

Com apoio técnico e financeiro do MEC, esses equipamentos são desenvolvidos por estados e municípios, que fazem adesão aos dois programas. Os recursos são destinados à contratação de até dois educadores para cada sala, aquisição de gêneros alimentícios e de material apropriado, como tapetes, colchonetes, brinquedos pedagógicos e fraldas.

A iniciativa não substitui a creche, a educação infantil ou o ensino fundamental e também não tem frequência obrigatória. E funciona nas escolas onde os pais frequentam os cursos. O Projovem é destinado a pessoas na faixa dos 18 aos 29 anos e tem duração de 18 meses.

Assessoria de Comunicação Social

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