PDE vai atuar em mais de 1.200 municípios
A secretária de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, disse nesta quinta-feira, 12, que o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) vai atuar, prioritariamente, em 1.242 municípios com indicadores de ensino mais baixos, nas capitais e regiões metropolitanas e nos sistemas estaduais de educação. “Essas três áreas de ação terão planos de trabalho específicos e adequados à realidade de cada uma.” A declaração foi feita na reunião com os presidentes nacional, estaduais e regionais da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), em Brasília.
Pilar destacou o caso das capitais, que obtiveram índices de desenvolvimento da educação (Idebs) semelhantes aos de escolas do semi-árido. “A capital mais bem colocada no ranking do Ideb foi Curitiba, que ficou em 430º lugar e a segunda foi Belo Horizonte, na 620ª posição. Isso mostra que elas requerem atenção especial”, salienta. Já os 1.242 municípios com Ideb mais baixo foram definidos a partir da seguinte escala: cidades com Ideb igual ou inferior a 2,7 (a média nacional é 3,8), mais os dez Idebs menores de cada estado.
Colaboração — Na avaliação do secretário executivo do MEC, Henrique Paim, a reunião com os dirigentes da Undime é importante para despertar os municípios para o estabelecimento de um regime de colaboração entre União, estados e municípios. “Só assim conseguiremos melhorar a qualidade do ensino básico”, analisa.
Para a presidente da Undime de Rondônia, Epifânia Barbosa da Silva, o encontro é fundamental para envolver os dirigentes municipais. “Além de apresentar o PDE, é importante que o MEC nos apresente a estrutura de trabalho e os mecanismos que serão adotados para melhorar os indicadores educacionais”, disse. Na próxima sexta-feira, 13, a reunião será com os responsáveis pela educação nas capitais. Eles discutirão os motivos da existência de escolas com baixo Ideb e as políticas municipais, previstas ou implantadas, para elevar o índice das escolas.
Flavia Nery