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Educação no Ar

Escola do DF apresenta projeto de revitalização de córrego em 8º Fórum Mundial da Água

  • Quinta-feira, 22 de março de 2018, 09h55
  • Última atualização em Quinta-feira, 22 de março de 2018, 13h31

O Centro de Ensino Médio Júlia Kubitschek, de Candangolândia, cidade do Distrito Federal, desenvolveu um projeto para alertar sobre a importância do córrego Guará, que corta a região. A iniciativa mobilizou a comunidade, recebeu prêmios e foi selecionada para participar do 8º Fórum Mundial da Água, que acontece até sexta-feira, 23, em Brasília. Nesta quinta-feira, 22, é celebrado o Dia Mundial da Água. O projeto é tema desta semana do programa Educação no Ar, produzido pela TV MEC e transmitido semanalmente pela TV NBR. O programa vai ao ar às 9h50 desta quinta-feira, 22.

A professora Rosane Marques deu início ao projeto em defesa do córrego Guará, que corta a região da escola, durante sua pesquisa de mestrado. Na época, ela percebeu que 92% dos seus alunos sequer sabiam da existência do córrego. Para envolver os estudantes, ela promoveu algumas visitas ao local para ajudar a entender o tamanho do problema e as providências que deveriam ser tomadas.

Rosane destaca que a mobilização dos estudantes em torno da causa ambiental se expandiu para além da escola (Frame: TV MEC)

A limpeza do local logo se transformou em gincana. Era tanto lixo que os adolescentes competiam para ver quem mais catava resíduos. O estudante Felipe Ferreira, de 16 anos, conta o que viu por lá. “Estava muito, muito sujo mesmo. A gente achou pneu de trator, de carro. Tinha carrinho de bebê, boneca, muita coisa”, lembra.

Outra descoberta dos alunos foi a espécie de peixe Pirá-Brasília, que só existe no córrego e está em extinção. Os estudantes resolveram escrever e produzir uma peça teatral falando da espécie endêmica, que foi assistida por mais de mil alunos do Distrito Federal. As ações de iniciativa pela preservação do córrego ajudaram a mudar a realidade dos alunos, que levaram a preservação do meio ambiente para a vida.

 “Agora eu me sinto pertencente ao meio ambiente, responsável por ele. Entendo que eu preciso cuidar, preservar, que eu preciso dele. Preciso cuidar não só por mim, pela sociedade por inteiro”, destaca a estudante Kamilla Moura Alves, de 16 anos.

São 58 estudantes que participam do projeto. Muitos começaram ainda no nono ano do ensino fundamental e, agora, no segundo ano do ensino médio, continuam como multiplicadores.

Mobilização - A professora Roseane conta que a mobilização foi tão grande que o projeto hoje pertence aos estudantes. “Ultrapassou os limites dos muros da escola. Os alunos pensaram no que poderia ser feito para minimizar os problemas do córrego”, rememora. E como eles não conheciam o córrego, pensaram que a falta de conhecimento provavelmente também era uma realidade de outras escolas. Por isso, decidiram criar a peça.

Mais que isso, perceberam que era necessário acionar o Estado para providências maiores.

“Conseguiram marcar uma audiência pública na Câmara Legislativa do Distrito Federal, onde muitos órgãos relacionados a questão ambiental estavam presentes. Os alunos tiveram voz, contaram o que estava acontecendo”, conta a professora.

Dali, saiu o projeto de Lei 1975/2016, que tem como objetivo recuperar essa parte do córrego, minimizando invasões e o despejo de esgoto. “Ainda tem muito o que fazer, mas foi um pontapé inicial e os alunos puderam contribuir”, reconhece a professora. É justamente essa experiência que será apresentada durante o 8º Fórum Mundial da Água.

Assessoria de Comunicação Social

 

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