Biblioteca de Taguatinga mantém acervo com material para pessoas com deficiência visual
A biblioteca Dorina Nowill é a única instituição pública do Distrito Federal com um acervo especialmente voltado para pessoas com deficiência visual. O espaço foi fundado e idealizado, há 23 anos, por Dinorá Couto. A escritora é a convidada do programa Educação no Ar desta semana, produção da TV MEC que vai ao ar nesta quinta-feira, 28, às 9h45, pela TV NBR.
Localizada em Taguatinga, a biblioteca foi fundada em 17 de maio de 1995 e hoje tem 800 títulos e 2 mil exemplares em braile, além de contar com publicações em audiolivro. “Eu era coordenadora de bibliotecas escolares na época, e faltavam apenas cinco meses para a minha aposentadoria, mas aí chegaram 2 mil livros em braile e aceitei o desafio de criar uma biblioteca inclusiva”, lembra Dinorá Couto.
O espaço contempla todas as idades, com predomínio de adultos e idosos. “Como nós somos a única biblioteca pública, então eles [idosos], que não têm um local de referência com livros em braile e que tenha socialização por meio de tudo aquilo de que gostam, procuram a nossa biblioteca”, afirma Dinorá. “Mas nós temos algumas crianças que frequentam o espaço. Elas são cegas, com baixa visão; e também há jovens, inclusive voluntários.”
Com sede em São Paulo, a Fundação Dorina Nowil para Cegos, uma organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico, é responsável por 85% do acervo da biblioteca. O Instituto Benjamim Constant, órgão vinculado ao Ministério da Educação e centro de referência nacional na área da deficiência visual, também colabora, com doações de livros. “O Senado Federal, todos os anos, nos convida para a Feira do Livro de Brasília e nos oferece as produções feitas em braile”, informa a coordenadora.
Movimento – Além do atendimento ao público, a biblioteca Dorina Nowill promove algumas atividades culturais, como oficinas de dança, de música e de teatro. “A literatura casa com qualquer arte, então todos os tipos de linguagens artísticas são contemplados na nossa biblioteca”, explica Dinorá. “Até oficina de fotografia nós já fizemos para os deficientes visuais. ”
Assessoria de Comunicação Social