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Trilhas da Educação

Aparelho desenvolvido em de escola pública do DF capta água da chuva para atividades rotineiras

  • Sexta-feira, 23 de novembro de 2018, 10h31
  • Última atualização em Sexta-feira, 23 de novembro de 2018, 12h20


Utilizar de forma sustentável a água da chuva para abastecer uma escola do Distrito Federal, regar a horta e ainda estimular o aprendizado em diversas disciplinas, motivando os estudantes. Essa é a iniciativa que ganha destaque na edição desta sexta, 22, do programa Trilhas da Educação, produzido e transmitido pela Rádio MEC.

O projeto foi desenvolvido pelo professor de ciências Werner Bessa Vieira, do Centro Educacional nº 7 de Ceilândia. Inspirado pela ideia de um ex-aluno, ele mobilizou várias turmas em torno da criação de reservatórios para a água da chuva levando em conta períodos de seca e de crises hídricas enfrentadas em Brasília. 

Ao mesmo tempo em que o idealizador do projeto desenvolvia os fundamentos do projeto com seus colegas na faculdade, o professor e os alunos colocaram as mãos na massa. “A gente começou a trabalhar rapidamente”, conta. “Fizemos todo o dimensionamento de calhas. Eles ensinaram os alunos como se fazia esse cálculo de área de telhado, de precipitação, e colocamos isso num projeto escrito. Conseguimos um pouco de financiamento para a compra de materiais com a própria direção da escola, que sempre nos ajudou muito.”

Os estudantes gostaram tanto da ideia que passaram a aproveitar o tempo de folga para acelerar o processo de construção das estruturas. “A gente foi desenvolvendo o projeto durante os finais de semana. Conseguimos fazer aqui três reservatórios, cada um com 20 mil litros de capacidade, o que nos coloca à disposição 60 mil litros de água”, destaca Vieira.

Segundo o professor, a captação da água da chuva pode ser utilizada em diversas atividades corriqueiras da escola, com resultados que têm despertado interesse na região. “No período de seca, a gente vai usando na nossa horta e na limpeza das áreas comuns da escola, economizando bastante água. Outras escolas viram e gostaram também. Alguns colegas, professores que têm chácaras ou sítios, já copiaram o projeto.”

Conscientização – Com os reservatórios em funcionamento, professores passaram a trabalhar o tema também em sala de aula, aprofundando questões como economia e preservação de água. Os próprios alunos tiveram a ideia de colocar telas para evitar a procriação de mosquitos e os professores de química puderam desenvolver aulas práticas.

“Nossos professores de química têm buscado cada vez mais as aulas práticas usando como referência nossos reservatórios. Uma delas serviu para mostrar o ph [índice que especifica a acidez] da água, por exemplo, mas são várias as temáticas relacionadas à água que captamos”, conta Vieira.

Com o avanço do trabalho, novas ideias surgiram para incrementar ainda mais o projeto. “Nós temos agora uma ideia de fazer aqui um criatório de tilápias”, adianta o professor. ”E a água virá desse reservatório. Vamos aproveitar as fezes dos peixes, o nitrogênio que está ali para colocar nas plantas da horta. Uma coisa toda integrada. O mais interessante é que ele [o projeto] está aqui, fixo, mas dele há centenas de possibilidades.”

 

Assessoria de Comunicação Social 

Assunto(s): língua , Projeto , Aproveitamento
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